segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Amados Catequistas

COMEMORAR O NATAL É.....

IR AO ENCONTRO DO MENINO QUE VEM AO NOSSO ENCONTRO POR NOS AMA, A TODOS SEM EXCEÇÃO. ESTE ENCONTRO ENTRE O CRIADOR E A CRIATURA LIBERTA A HUMANIDADE DA SOLIDÃO E DO VAZIO, DANDO UM NOVO SENTIDO À VIDA. NÃO ESTAMOS SOZINHOS E NEM ABANDONADOS; DEUS ESTA CONOSCO!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Família de Nazaré

família de nazaréA identidade cristã do Natal está na pessoa de Jesus Cristo, o alvo primeiro da Família de Nazaré. Nascendo de Maria, o Menino Jesus foi “confortavelmente” colocado numa manjedoura, num cocho onde os animais eram tratados e cuidados pelos pastores. Lugar simples, mas usado com todo carinho e amor por sua genitora.
Aquela que se apresenta como “... a serva do Senhor...” (Lc 1,38) gera a Palavra, “Palavra que era Deus” (Jo 1,1), mas agora se torna pessoa, na Pessoa de Jesus Cristo. É isso que faz do Natal uma Festa de tamanha importância no mundo cristão, que conseguiu fazer história e atingir também a sociedade civil com uma tônica comercial.
Nasce em Belém um Rei-Pastor, que teve como meta a construção de um Reino marcado pela justiça e pela paz. Reino da humildade, da simplicidade e da acolhida. Foi Rei diferente daqueles conhecidos até então, sem privilégios e evidências econômicas. Tinha como marca indelével a valorização da pessoa e sua dignidade.
Com a Família de Nazaré, a começar com o nascimento de Jesus em Belém, tem início uma nova humanidade, que vai se concretizando em Nazaré, tendo sua culminância em Jerusalém, quando entrega sua vida ao Pai no alto da cruz. De Nazaré não era esperado nada de bom, mas tudo mudou a partir daí.
A palavra Jesus significa “Deus salva”. Ele é o “Emanuel” no dizer do profeta (Is 7,14), é o Deus conosco para elevar a criatura humana à uma dignidade que ultrapassa os limites do humano. Em tudo isso está o valor da celebração do Natal, indo além de simples festa de nascimento e de concorrência frenética do comércio.
Falar de Natal significa pensar na família como dom de Deus, de participação no poder criador, gerador e salvador da humanidade. Lamentamos o esvaziamento e a perda de valores que afetam nossas famílias nos últimos tempos. Isto é preocupante porque perdemos referências cristalizadas de construção do bem na caminhada histórica da humanidade. A nova cultura vem desconstruindo a família tradicional.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Caminhar com esperança


adventoNa espera do Natal fazemos a trajetória do Advento. Talvez pudéssemos, analogicamente, pensar no sopro, no vento, chegada do vento, ou até, caminhada para o grande sopro de Deus, como aconteceu no Antigo Testamento, no tempo da criação, quando Ele soprou no ser humano o “sopro da vida”. Jesus é o sopro da Palavra que era Deus e estava em Deus e agora se torna pessoa humana.
Estamos em tempo de preparação, fazendo um caminho de esperança. Depositamos confiança em muitas coisas do mundo, mas nem sempre conseguem trazer-nos verdadeira realização, muito menos, a esperança. Só Deus é capaz de nos dar segurança e perspectiva de vida duradoura. É o tempo da busca, da conversão, de encorajamento e confiança no amor misericordioso do Senhor.
É importante ter a consciência de que somos conduzidos pelas mãos do Senhor. Só assim somos habilitados para vencer as grandes barreiras e dificuldades da vida. Natal significar que o Senhor vem ao nosso encontro para resgatar as pessoas indefesas de muitas situações ameaçadoras da vida. Por isto é um tempo de benção.
O momento é de vencer as resistências num horizonte de liberdade e de ilimitada responsabilidade no caminho da esperança. É uma questão de fé, de convencimento de que Jesus Cristo nasce para trazer vida, superando todas as fragilidades que acompanham a humanidade. Sua convocação basilar é a conversão, capacitando as pessoas para atos de reconciliação através do perdão.
O nascimento de Jesus é uma nova criação, tempo de graça e libertação, de realização de um projeto que fora anunciado pelos profetas. Uma das expressões antigas que revela a riqueza do caminho de esperança diz: “Dar-vos-ei coração novo, porei no vosso íntimo espírito novo, tirarei de vosso peito o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ez 36,26).
O caminho da esperança deve ser de mais santidade, mais justiça, mais prática de solidariedade, mais amor, mais respeito etc. Deve ser também de combate ao consumismo e de busca de poder. Precisamos saber viver, porque para Deus mil anos são como um dia. Tudo passa menos o amor.
Dom Paulo Mendes Peixoto

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Argila e oleiro

Argila e oleiro

argila e oleiroDizer alguma coisa sobre argila e oleiro significa falar de trabalho, manipulação ativa do que é possível modificar para realizar o que é planejado. É como o barro nas mãos de quem tem habilidades e criatividade para transformá-lo em objetos úteis para as pessoas. O barro pode ser matéria prima para peças das mais variadas formas de embelezamento dos ambientes.
Deus, em Jesus Cristo, é o grande oleiro, que consegue transformar a vida das pessoas e as educa para viver a prática dos objetivos do Reino. É o que deve acontecer com o cristão no tempo do Advento, em preparação para o Natal. Como barro nas mãos do Senhor, a pessoa é moldada para que o nascimento do Senhor encontre espaço em seu coração, numa manjedoura para acolhê-Lo.
Moldar significa preparar e vigiar. É o contrário de adormecer e ficar numa atitude de seduzido pelas propostas maldosas do mundo. O desânimo diante das inseguranças e das dificuldades de hoje não ajuda. O indiferentismo tem sido um mal na vida de muitas pessoas. É o famoso “deixar para ver o que vai acontecer”. Com isto pecamos por omissão.
Há uma desolação nacional provocada por tantos atos de desmando, tanta violência e insegurança. Só Deus é capaz de trazer ânimo e incentivo para o agir das pessoas, que também devem ser oleiros na transformação do mundo. É preciso recuperar a esperança que anda tão desgastada, ferida e perdida diante de atitudes destruidoras das condições de vida digna.
A esperança está em Deus, em quem resgata a vida dos pobres, acolhe, perdoa e redime. Os justos são os que depositam confiança Nele e têm a sensação de estar entregues nas mãos do Senhor. Eles se deixam moldar como a argila, porque Deus é o oleiro e as pessoas são obras de suas mãos.
É importante a fidelidade a Jesus Cristo, superando todo tipo de egoísmo farisaico que impede práticas de autenticidade e transparência. Ser também capaz de rejeitar propostas atraentes e enganosas, assumindo ações de amor-serviço e não de exploração de bens públicos e de pessoas desavisadas.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Advento



"Estarei preparando a tua chegada como o jardineiro prepara o jardim para a rosa que se abrirá na primavera". (Paulo Freire)