segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Amados Catequistas

COMEMORAR O NATAL É.....

IR AO ENCONTRO DO MENINO QUE VEM AO NOSSO ENCONTRO POR NOS AMA, A TODOS SEM EXCEÇÃO. ESTE ENCONTRO ENTRE O CRIADOR E A CRIATURA LIBERTA A HUMANIDADE DA SOLIDÃO E DO VAZIO, DANDO UM NOVO SENTIDO À VIDA. NÃO ESTAMOS SOZINHOS E NEM ABANDONADOS; DEUS ESTA CONOSCO!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Família de Nazaré

família de nazaréA identidade cristã do Natal está na pessoa de Jesus Cristo, o alvo primeiro da Família de Nazaré. Nascendo de Maria, o Menino Jesus foi “confortavelmente” colocado numa manjedoura, num cocho onde os animais eram tratados e cuidados pelos pastores. Lugar simples, mas usado com todo carinho e amor por sua genitora.
Aquela que se apresenta como “... a serva do Senhor...” (Lc 1,38) gera a Palavra, “Palavra que era Deus” (Jo 1,1), mas agora se torna pessoa, na Pessoa de Jesus Cristo. É isso que faz do Natal uma Festa de tamanha importância no mundo cristão, que conseguiu fazer história e atingir também a sociedade civil com uma tônica comercial.
Nasce em Belém um Rei-Pastor, que teve como meta a construção de um Reino marcado pela justiça e pela paz. Reino da humildade, da simplicidade e da acolhida. Foi Rei diferente daqueles conhecidos até então, sem privilégios e evidências econômicas. Tinha como marca indelével a valorização da pessoa e sua dignidade.
Com a Família de Nazaré, a começar com o nascimento de Jesus em Belém, tem início uma nova humanidade, que vai se concretizando em Nazaré, tendo sua culminância em Jerusalém, quando entrega sua vida ao Pai no alto da cruz. De Nazaré não era esperado nada de bom, mas tudo mudou a partir daí.
A palavra Jesus significa “Deus salva”. Ele é o “Emanuel” no dizer do profeta (Is 7,14), é o Deus conosco para elevar a criatura humana à uma dignidade que ultrapassa os limites do humano. Em tudo isso está o valor da celebração do Natal, indo além de simples festa de nascimento e de concorrência frenética do comércio.
Falar de Natal significa pensar na família como dom de Deus, de participação no poder criador, gerador e salvador da humanidade. Lamentamos o esvaziamento e a perda de valores que afetam nossas famílias nos últimos tempos. Isto é preocupante porque perdemos referências cristalizadas de construção do bem na caminhada histórica da humanidade. A nova cultura vem desconstruindo a família tradicional.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Caminhar com esperança


adventoNa espera do Natal fazemos a trajetória do Advento. Talvez pudéssemos, analogicamente, pensar no sopro, no vento, chegada do vento, ou até, caminhada para o grande sopro de Deus, como aconteceu no Antigo Testamento, no tempo da criação, quando Ele soprou no ser humano o “sopro da vida”. Jesus é o sopro da Palavra que era Deus e estava em Deus e agora se torna pessoa humana.
Estamos em tempo de preparação, fazendo um caminho de esperança. Depositamos confiança em muitas coisas do mundo, mas nem sempre conseguem trazer-nos verdadeira realização, muito menos, a esperança. Só Deus é capaz de nos dar segurança e perspectiva de vida duradoura. É o tempo da busca, da conversão, de encorajamento e confiança no amor misericordioso do Senhor.
É importante ter a consciência de que somos conduzidos pelas mãos do Senhor. Só assim somos habilitados para vencer as grandes barreiras e dificuldades da vida. Natal significar que o Senhor vem ao nosso encontro para resgatar as pessoas indefesas de muitas situações ameaçadoras da vida. Por isto é um tempo de benção.
O momento é de vencer as resistências num horizonte de liberdade e de ilimitada responsabilidade no caminho da esperança. É uma questão de fé, de convencimento de que Jesus Cristo nasce para trazer vida, superando todas as fragilidades que acompanham a humanidade. Sua convocação basilar é a conversão, capacitando as pessoas para atos de reconciliação através do perdão.
O nascimento de Jesus é uma nova criação, tempo de graça e libertação, de realização de um projeto que fora anunciado pelos profetas. Uma das expressões antigas que revela a riqueza do caminho de esperança diz: “Dar-vos-ei coração novo, porei no vosso íntimo espírito novo, tirarei de vosso peito o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ez 36,26).
O caminho da esperança deve ser de mais santidade, mais justiça, mais prática de solidariedade, mais amor, mais respeito etc. Deve ser também de combate ao consumismo e de busca de poder. Precisamos saber viver, porque para Deus mil anos são como um dia. Tudo passa menos o amor.
Dom Paulo Mendes Peixoto

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Argila e oleiro

Argila e oleiro

argila e oleiroDizer alguma coisa sobre argila e oleiro significa falar de trabalho, manipulação ativa do que é possível modificar para realizar o que é planejado. É como o barro nas mãos de quem tem habilidades e criatividade para transformá-lo em objetos úteis para as pessoas. O barro pode ser matéria prima para peças das mais variadas formas de embelezamento dos ambientes.
Deus, em Jesus Cristo, é o grande oleiro, que consegue transformar a vida das pessoas e as educa para viver a prática dos objetivos do Reino. É o que deve acontecer com o cristão no tempo do Advento, em preparação para o Natal. Como barro nas mãos do Senhor, a pessoa é moldada para que o nascimento do Senhor encontre espaço em seu coração, numa manjedoura para acolhê-Lo.
Moldar significa preparar e vigiar. É o contrário de adormecer e ficar numa atitude de seduzido pelas propostas maldosas do mundo. O desânimo diante das inseguranças e das dificuldades de hoje não ajuda. O indiferentismo tem sido um mal na vida de muitas pessoas. É o famoso “deixar para ver o que vai acontecer”. Com isto pecamos por omissão.
Há uma desolação nacional provocada por tantos atos de desmando, tanta violência e insegurança. Só Deus é capaz de trazer ânimo e incentivo para o agir das pessoas, que também devem ser oleiros na transformação do mundo. É preciso recuperar a esperança que anda tão desgastada, ferida e perdida diante de atitudes destruidoras das condições de vida digna.
A esperança está em Deus, em quem resgata a vida dos pobres, acolhe, perdoa e redime. Os justos são os que depositam confiança Nele e têm a sensação de estar entregues nas mãos do Senhor. Eles se deixam moldar como a argila, porque Deus é o oleiro e as pessoas são obras de suas mãos.
É importante a fidelidade a Jesus Cristo, superando todo tipo de egoísmo farisaico que impede práticas de autenticidade e transparência. Ser também capaz de rejeitar propostas atraentes e enganosas, assumindo ações de amor-serviço e não de exploração de bens públicos e de pessoas desavisadas.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Advento



"Estarei preparando a tua chegada como o jardineiro prepara o jardim para a rosa que se abrirá na primavera". (Paulo Freire)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

UM POUCO DE HISTÓRIA DA CATEQUESE A PARTIR DO CONCÍLIO VATICANO II

Mesmo antes do Concílio, já começou um processo de renovação, especialmente de renovação de métodos mais pedagógicos e didáticos.
O Concílio Vaticano II (1962-1965) atualizou a visão de Igreja, de liturgia, das relações com o mundo. Não falou explicitamente sobre catequese, mas a nova visão questionou intensamente o seu conteúdo e, em 1971, foi publicado o Primeiro Diretório da Catequese.
Em 1974 houve o Sínodo sobre a Evangelização no Mundo, seguido, em 1975, pela Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi” (Paulo VI).
Em 1977 houve um Sínodo sobre Catequese, seguido, no mesmo ano, pela Exortação Apostólica“Catechesi Tradendae” (João Paulo II)
Em 1997 foi publicado o novo Diretório Geral da Catequese.

Em nível Latino Americano
Em 1968 foi feita uma Assembléia dos Bispos da América Latina e Caribe, em Medellin (Colômbia) que renovou substancialmente a catequese neste continente, partindo da situação do homem latino americano, com a opção preferencial pelos pobres.
Em 1979 houve outra Assembléia em Puebla (México) que reafirmou a opção preferencial pelos pobres, acrescentando a opção preferencial pelos jovens e a atenção pela religiosidade popular.
78541.jpg
Em nível do Brasil
Em 1983, influenciado pelos sínodos e documentos, por Medellín e Puebla, foi publicado o documento “Catequese Renovada” (Nº 26) da CNBB, depois de uma longa preparação. Foi um verdadeiro “mutirão” por causa do intercâmbio com as bases da catequese em todos os regionais. Houve mais de 30 edições deste documento. A Primeira Semana Brasileira de Catequese, em 1986, espalhou o documento por todos os cantos do Brasil, o que desencadeou um grande entusiasmo pela renovação catequética.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Catequese com jovens: desafios e esperanças


Diante das características da pós-modernidade mencionadas, apresentamos alguns desafios que a catequese não pode evitar, a não ser a preço de ver a fé cristã ignorada pelos jovens e pelas gerações futuras.
.1. Desafio da interioridade

O indivíduo pós-moderno já não pode fiar-se numa ordem das coisas, como nos tempos de outrora. Vivemos hoje no terreno da incerteza identitária. Nossos jovens se encontram alienados das antigas pertenças familiares, sociais, religiosas ou políticas. Para a maioria dos jovens hoje, o desafio não é tornar-se um agente sociotransformador (como na modernidade), mas assumir-se inteiramente como sujeito, construindo uma identidade confiável para si, numa verdadeira fidelidade a si mesmo (VILLEPELET, 2009, p. 64). Trata-se de assumir sua singularidade, sua individualidade, ou ainda, sua unidade, sua integridade e sua diferença, tornando-se sujeito de si mesmo. Num mundo complexo, onde as pessoas podem ser o que elas quiserem ser, nossos jovens se encontram expostos a todos os ventos, pois seus alicerces axiológicos se apresentam abalados.

A catequese não está sem recursos no trabalho de desenvolvimento da interioridade. A experiência de Deus que a catequese comunica – especialmente por meio da meditação, da oração, da acolhida da palavra de Deus, do mergulho no mistério – possibilita ao cristão transitar nesse ambiente sem receios. O amor de Deus revelado em seu Filho, que o ato catequético dá a conhecer, mostra-se como grande aliado nessa construção. Deus é íntimo ao coração e se revela a nós nas profundezas de nossa interioridade. A catequese não deve, pois, ter receio de trabalhar a dimensão espiritual da relação com Deus por meio da oração e da contemplação, as quais permitem perceber sua presença no mais íntimo do ser.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

AULA ou ENCONTRO?


Pode parecer uma pouco de implicância minha, mas, me incomoda um bocado quando alguém diz que dá "aula" de catequese ou é "professor" de catequese. A mim parece que a catequese se reduz simplesmente a um processo de ensino-aprendizagem.
Além do mais "aula de catequese" é redundância. Catequese já é o ato de ensinar, assim como a palavra aula. É como dizer: "Vou dar aula de aula".
Sim, a catequese é ensino de certa forma, só que além de Ensino da fé e da doutrina da nossa Igreja, é também, um ENCONTRO de pessoas, entre aquele que tem uma vivência um pouco maior da fé e aquele que pretende se aprofundar nela.
No dicionário encontramos algumas definições de "aula":
- A aula é o horário de estudo de uma turma na escola, em que se pretende um processo de aprendizagem. Também pode ocorrer fora de escolas, como em aulas de ginástica, música, culinária, tele-aulas, aulas não presenciais, aulas particulares, entre outras.
- Do latim aula, "aulé", significa palácio, sala onde se recebem lições, classe, lição. Antigamente, seriam os locais para onde os discípulos eram conduzidos para que recebessem o conhecimento. Popularmente a palavra ‘’’aula’’’ pode ser usada para referir diversos objetos: o local que contém os meios (livros, mesas, quadro-de-giz, e outros) e pessoas (alunos e professores) necessários à realização da aula; período estabelecido em que aluno e professor dedicam-se ao processo ensino-aprendizagem na escola; o momento em que dedica-se à aquisição de algum conhecimento, ou simplesmente a execução de alguma tarefa coordenada (Ex: uma aula de ginástica aeróbica em uma academia).

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Viver a plenitude do hoje


4657.jpg

Uma estória para refletir:
Um monge estava na cozinha lavando pratos, quando lhe aparece o anjo da morte para levá-lo à eternidade. O monge lhe diz: Agradeço ao Senhor Ter-se lembrado de mim. Mas olha aí a montanha de pratos. Não quero parecer ingrato, mas será que a eternidade não pode esperar um pouquinho até eu acabar o serviço?  O anjo concordou e se foi. Dias mais tarde, estava o monge no jardim, quando veio de novo o mensageiro da eternidade. O monge lhe diz: Dá uma olhada nas ervas daninhas. Se eu me for agora, elas vão ficar aí atrapalhando a plantação. A eternidade não poderia esperar um poucomais? E outra vez o anjo se foi. Meses mais tarde se preparava para atender um doente com febre alta, lá vem o anjo da eternidade. Dessa vez eles nem se falam, o monge apenas mostra os incontáveis doentes que precisa socorrer. O anjo não discute e vai embora.
Anos mais tarde, envelhecido e doente, o monge se recorda do anjo e pede que o Senhor o envie para buscá-lo. Nem bem terminara a oração, lá estava o anjo. Aliviado, o monge explica: Pensei que tivesses esquecido de mim ou que estivesses zangado porque te fiz esperar. Agora estou pronto e te peço: leva-me contigo para a eternidade. Com ternura o anjo lhe diz: Levar-te para a eternidade? E onde pensas que estavas?  Quando lavavas os pratos, cultivavas o jardim e cuidavas dos doentes, tu já estavas na eternidade e não sabias. Mas agora saberás: neste mundo começa o que será eternamente.
(CRUZ, Therezinha M. Lima da. Este mundo de Deus. Educar para a espiritualidade do cotidiano. São Paulo, Paulus, 1999, p. 36-37)
- O que podemos aprender com essa estória?
- Contemple seu dia-a-dia e tente perceber sinais de plenitude, de eternidade.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Quebra-cabeças na catequese

O quebra-cabeças é um jogo simples, que pode animar a reflexão do grupo. Ele pode ser usado como apoio para qualquer tipo de reflexão. Damos um exemplo para um grupo que está iniciando um trabalho e precisa se conhecer melhor:

1. O(a) catequista escolhe uma figura ou um cartaz grande e sugestivo, e que tenha a ver com o assunto central do encontro; corta essa figura em pedaços irregulares e os distribui aos presentes. Depois coloca no quadro, ou no chão, uma folha vazia, do tamanho da figura recortada, com o desenho da forma dos pedaços distribuídos.
2. Cada pessoa é convidada a colocar na folha vazia o seu pedaço de figura e, ao mesmo tempo, a se apresentar e dizer o que espera do encontro.
3. Ao final, o grupo é convidado, dois a dois, a fazer um cochicho a respeito dos sentimentos que a figura desperta.
jogos-de-uebra-cabea.jpg
Se você quer fazer uma reflexão em pequenos grupos, isso pode ser feito a partir de vários quebra-cabeças simultâneos. Para desenvolver o trabalho, providencie algumas figuras que possam ser recortadas, colas, pincéis e papel para cartaz.
1. Selecione várias figuras significativas (cenas bíblicas, fatos da comunidade ou gravuras e fotos de fatos concretos) relacionadas ao tema que vai ser refletido. Cada figura será repartida em 4 partes (ou mais, conforme o tamanho do grupo) e cada parte de uma mesma figura terá, nas costas, o mesmo sinal de identificação (número, letra, cor...).
2. Os pedaços serão distribuídos ao grupo. Cada pessoa deverá procurar os que têm pedaços com o mesmo sinal que o seu e formar com eles um grupo.
3. Cada grupo monta a sua figura, cola-a numa folha, reflete sobre o que ela comunica, e faz com ela um cartaz para apresentar em plenário. Se a coordenação achar melhor, a reflexão pode ser orientada com perguntas que liguem a figura ao assunto do dia.
4. É possível distribuir cenas bíblicas já recortadas, pedir ao grupo de crianças (ou catequistas, ou adultos, jovens) para montar o quebra-cabeças e em seguida ler o texto bíblico que corresponde a cena (pode ser uma mesma cena bíblica e o texto bíblico corresponde para todos os grupinhos ou não). Depois refletir sobre o texto, o grupo pode também ler o texto, mostrar a imagem montada e ser convidado a fazer um gesto, usar uma música e outros, para expressar a mensagem tirada do texto.
Fonte: catequese hoje.

domingo, 21 de setembro de 2014

Maneiras de apresentar o texto bíblico na catequese


-Contar, em suas palavras, uma passagem Bíblica que para isso se preste (a história de Zaqueu, algum conto do A.T...) sem acrescentar nem omitir nada (fidelidade ao texto).
- Ler o texto previamente reelaborado (numa redação mais acessível), substituindo palavras ou expressões de difícil compreensão por outras mais fáceis, mantendo também absoluta fidelidade ao conteúdo da passagem Bíblica.
Convém dizer que a passagem se encontra na Bíblia mas que foi feita nova redação para que seja mais fácil compreender.  O uso de edições mais populares da Bíblia ajuda muito.
 dscn6794.jpg
- Proclamar o texto tal como se encontra na bíblia, quando se percebe que o grupo (catequizandos) tem capacidade de entendê-lo.
-Apresentar o texto em forma de jogral, com a participação ativa dos catequizandos.
-Proclamar a Palavra em forma de diálogo quando a passagem bíblica se presta para esta forma, isto é, quando diversas personagens falam no texto(ex: Lc 19,1-10 -narrador, Jesus, Zaqueu, fariseus).
-Ler uma primeira vez o texto, deixando alguns momentos de silêncio( para a Palavra de Deus penetrar no coração das crianças); em seguida, fazer nova proclamação. Esta maneira é útil principalmente quando o texto é pequeno.
- Apresentar, em poucas palavras, o texto que será lido; sugerir que cada criança vá até à Bíblia, colocada em destaque na sala, aberta na página em que está a passagem que vai ser lida, ponha a mãozinha sobre o livro e faça sua acolhida (ex: Que esta Palavra oriente o meu caminho). Em seguida, a Palavra de Deus será proclamada.
Na catequese, é preciso que a Palavra de Deus seja “proclamada”. Proclamar não é simplesmente ler. É, em primeiro lugar, procurar assimilar o conteúdo do texto Bíblico, entusiasmar-se por ele e tentar comunicá-lo aos outros. Requer preparação remota(formação bíblica) e preparação próxima( leitura e meditação do texto que vai ser lido).

Equipe do Catequese Hoje

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O QUE É CATEQUIZAR?

A palavra catequizar está estritamente ligada à palavra catequese como ato de instruir, fazer perceber, fazer ressoar, ecoar... É a maneira de conduzir pessoas a um encontro com O Mestre, Jesus Cristo. A catequese hoje nos adverte para que o ato de catequizar não esteja apenas ligado ao modo de ensinar um catecismo, mas ensinar a ter um amadurecimento progressivo da fé que nos conduz ao discipulado de Cristo. Madre Maria Helena tem uma frase que diz um pouco disso: “Ser catequista é ser jardineiro de gente”. Catequizar, portanto, é isso, cuidar da planta da fé que nasce do jardim de Deus, cujos jardineiros somos nós catequistas.
CATEQUIZAR é, antes de qualquer coisa, ter o que oferecer ao outro. Subentende-se que quem catequiza já está catequizado, daí a importância de se catequizar com a vida, com o testemunho e com tudo o que a Igreja propõe para melhor conduzir e promover o encontro do catequizando com Cristo. Catequizar é uma arte... seja você um artista!
Pe. Carlinhos

Catequistas da Arquidiocese de Mariana-MG
Noite de confraternização- SEFORC

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

CHAVES DA BIBLIA

Chaves da BíbliaNo coração da Bíblia, há cinco mensagens que nos ajudam a entender a Palavra de Deus. são cinco chaves que abrem o tesouro da Bíblia. Leiam com atenção os textos citados.
DEUS FALA PELA VIDA.
A Bíblia traz a mensagem de Deus para as pessoas,
Ele tem falado em todas as épocas e de diversas maneiras: pelos fatos da vida do povo de Deus, por atitudes humanas e, pessoalmente, em Jesus Cristo (ler Hb 1,1-2)

Deus tem um recado para nós. Ele fala ao coração de cada pessoa usando a linguagem da vida. Deus é revelado pelo testemunho de vida de quem vive na justiça e no amor.
A Bíblia nos ajuda a refletir sobre os fatos da vida Sl 77(78), 1-4. os fatos são as palavras que Deus usa para se comunicar conosco.

Para entender bem o recado, é preciso conhecer profundamente a vida. observando a vida, a gente se torna capaz de ouvir e responder ao chamado de Deus (Hb 2,1)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mês da Bíblia 2014: Evangelho de Mateus

Mês da Bíblia 2014: Evangelho de Mateus

Neste ano de 2014, vamos ler o Evangelho de Mateus. O lema para o Mês da Bíblia, desta vez, é "Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que eu ordenei a vocês!" (Mt 28,19-20)

Acolhemos o Evangelho de Mateus como a Nova Lei de Deus que Jesus nos trouxe. Mateus a redigiu na forma de cinco livros, como se fosse um novo Pentateuco. Os livros querem nos inserir na nova e eterna aliança realizada por Jesus, que disse: "Não pensem que eu vim abolir a lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento" (Mt 5,17). Queremos aprofundar esta proposta como a formação necessária para nós que queremos seguir Jesus, sendo suas/seus discípulas/os e missionárias/os.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A expectativa .....


Acabei de temperar o frango e deixar pronta a farofa do recheio. Estou agora cozinhando as batatas. Já fiz o molho da maionese e lavei as verduras da salada. E amanhã pretendo levantar bem cedinho e rechear e por o frango para assar. E deixar um bilhete minucioso sobre como por o arroz para cozinhar e o tempo e a temperatura exata do forno para não deixar passar ou ficar cru o assado.
E esta é uma rotina bastante parecida de centenas de catequistas que pretendem dedicar seu domingo a um Encontro de Formação. Estar longe de casa e da família implica em deixar as coisas já “em andamento” para o almoço do domingo.
E fico aqui pensando o quanto essas ações são repetidas aí, pelo Brasil afora. No quanto à dedicação à catequese faz com que muitas mulheres se desdobrem em duas, às vezes três, para dar conta do recado. Isso quando ainda não o fazem contra a vontade de seus maridos. Mas precisamos de formação. Precisamos estar cientes e conscientes de que só conhecer a realidade do mundo não basta. É preciso saber como a nossa Igreja vai lidar com essas realidades. É preciso partilha, oração e celebração em conjunto. E as formações, para ter um alcance maior, são em finais de semana. Os próprios encontros de catequese o são para as (os) catequistas que trabalham fora.
E o interessante disso tudo é que, longe de encontrarmos nestes encontros, pessoas “emburradas” e descontentes por estarem lá, encontramos catequistas animados e dispostos a dar o melhor de si nesses momentos. Sorrisos, cumprimentos, abraços calorosos, reencontros, emoção. São encontros cheios de “graça” em que o Espírito Santo, essa “rebeldia”, como diz Ir. Nery, toma conta de nós. São em momentos assim que revemos amigos, que oramos juntos e cantamos a felicidade de sermos catequistas discípulos missionários de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O encontro é para nós, mais um destes momentos de Graça, em que nem nos lembramos que existem frangos assando no forno, só nos lembramos do júbilo de servir ao Senhor e poder estar juntos, em comunidade, lembrando sempre que, onde um ou mais estão reunidos em nome do Senhor, ali está Jesus. medir velocidade da internet.
Trecho do texto de Angela Rocha

O ENCONTRO DE CATEQUESE


“Ser catequista é ser jardineiro de gente”.

“Jesus cuidou atentamente da formação dos discípulos que enviou em missão” (DGC 137). 

“Na escola de Jesus Mestre, o catequista une estreitamente a sua ação de pessoa responsável, com a ação misteriosa da graça de Deus. A catequese é, por isso, exercício de uma « pedagogia original da fé ». A transmissão do Evangelho através da Igreja é, antes de mais nada e sempre, obra do Espírito Santo e tem, na revelação, o testemunho e a norma fundamental. Mas o Espírito se vale de pessoas que recebem a missão do anúncio evangélico e cujas competências e experiências humanas entram na pedagogia da fé. Daí nasce um conjunto de questões amplamente tocadas, na história da catequese, no que diz respeito ao ato catequético, às fontes, aos métodos, aos destinatários e ao processo de inculturação” (DGC 138).
Vejamos alguns pontos importantes para a pedagogia catequética.

I – O ENCONTRO DE CATEQUESE
“A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na plenitude da vida cristã” (CT 18).

“Para que isso se torne possível, Deus dispõe de meios para que a revelação seja transmitida a todos os povos e a todas as gerações” (DGC 42). E, na pedagogia catequética, um dos grandes meios de que o catequista dispõe é o encontro semanal com seus catequizandos, sejam eles adultos, jovens ou crianças. Por isso, o catequista deve conhecer a estrutura dos Encontros que realiza com o seu grupo de catequese, além de procurar crescer nesta tarefa sublime de anunciador da Boa Nova: “Quero me fazer eco de uma Verdade carregada de Eternidade”(Me. Ma. Helena Cavalcanti).

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Iniciação cristã


Iniciação cristã é o processo para conhecer e participar na vida da comunidade cristã que é a Igreja. O homem se sente atraído por essa comunidade que lhe oferece seu mistério: o projeto de salvação que Deus realiza em Jesus Cristo. Segundo a tradição, "iniciar nos mistérios cristãos" quer dizer "iniciação no Verbo". Como na experiência humana e religiosa, também aqui a linguagem adequada é a simbólica.

Desde os tempos mais antigos a Igreja reconhece o Batismo, a confirmação e a Eucaristia como etapas indispensáveis da caminhada necessária para se ingressar na comunidade e, dentro dela, se vivenciar o Cristo: é por isso que estes sacramentos têm o nome de sacramentos de iniciação cristã.

Os sete sacramentos, como expressões e alimento da fé, introduzem os homens no mistério de Cristo e da Igreja. Em sentido amplo pode-se afirmar que os sete “iniciam no cristianismo". Há, porém, três sacramentos chamados de "'iniciação", porque se celebram no processo seguido para que o homem, movido pela palavra, professe publicamente sua fé e participe da vida da comunidade dos fiéis. Estes sacramentos são o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia.

BATISMO: entrada na comunidade de Jesus Cristo 

terça-feira, 29 de abril de 2014

O pão nosso de cada dia


“Pão” tem diversos sentidos na Bíblia. O primeiro em que se pensa é o pão, nosso alimento de cada dia. Ensinando o “Pai-Nosso”, Jesus nos ensina a pedir o pão material. É interessante observar que Jesus nos ensina a pedir o “pão de cada dia”. Basta para hoje o sustento diário. Isto nos faz lembrar a passagem do povo pelo deserto, quando Deus fez chover o maná do céu e disse: “Eu farei chover do céu pão para vós. Cada dia, o povo deverá sair para recolher a porção diária” (Ex 16,4). Também podemos observar que pedimos o pão nosso, não só o pão para mim.

Este pedido já nos confronta com o problema da fome que atinge tanta gente. Pedindo o pão nosso, estamos diante da exigência de trabalhar para que todos tenham seu pão, seu alimento diário.

O Pão da Palavra, a Torá
Na Bíblia, a Palavra de Deus, a Torá, é chamada “pão”.

Quando Jesus foi tentado no deserto e ficou com fome, o diabo lhe disse: “Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” Jesus respondeu: “Não se vive somente de Pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,3-4).

Lemos, no Profeta Amós: “Eis que virão os dias em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas a fome e sede de ouvir a Palavra do Senhor” (8,11).

No livro de Ezequiel lemos que, numa visão, Deus disse ao profeta: “Filho do homem, come o que tens diante de ti. Come este rolo e vai falar à casa de Israel”. Eu abri a boca e ele me fez comer. Eu o comi, e era doce como mel em minha boca (Ez 3,1-3).

O próprio Jesus é o Pão Vivo.
O Evangelho de João aborda todo o capítulo 6 sobre Jesus, Pão da Vida.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Quebrar potes


Há uma tribo indígena cuja especialidade é a cerâmica. Lá, quando um cacique idoso vai passar pra outro a função, oferece ao que está chegando o vaso mais bonito e precioso que confeccionou durante toda a sua vida. O novo cacique recebe o vaso, o quebra, o mói e, misturando água, faz argila e modela um vaso novo. O velho cacique não vê isso como uma afronta ou desrespeito. Entende que o outro irá conservar a essência, a substância, a Tradição, mas lhe dá uma nova forma.
Na vida e na fé deve acontecer o mesmo. Não podemos abrir mão da essência, mas a vida exige novas formas. O Espírito Santo continua a agir e suscitar coisas novas. Mesmo porque as transformações do mundo o exigem. “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5).
Jesus disse a Simão: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Deve estar claro que ‘pedra’ é só o fundamento, o alicerce. Essa base é a fé que Pedro revela na pessoa de Jesus e na proposta do Reino. A Igreja não pode ser toda ‘petrificada’, pronta, acabada. Pedro chega a falar que somos ‘pedras vivas’ (cf. 1Pd 2,5), mas tudo o que é vivo se transforma, se desenvolve.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Na Quaresma, renovar as promessas do Batismo

Na Quaresma, renovar as promessas do Batismo, pede Papa
No Angelus deste domingo, 9, Papa Francisco concentrou-se sobre a passagem do Evangelho que relata as tentações que Jesus sofreu no deserto. Ele recordou que a Quaresma é um tempo propício para um caminho de conversão, confrontando-se sinceramente com este trecho do Evangelho.
Francisco explicou que a tentação procura desviar Jesus do projeto de Deus, tentando fazê-lo escolher um caminho fácil de sucesso e poder. Foram três os tipos de tentação, conforme explicou o Papa: o bem-estar econômico, o estilo espetacular e mirabolante e o atalho do poder e do domínio.
Jesus resistiu às tentações e reiterou a determinação de seguir o caminho estabelecido pelo Pai. Em suas respostas, conforme explicou o Santo Padre, Cristo lembra que “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4, 4; cfr Dt 8, 3).
“Isto nos dá força, apoia-nos na luta contra a mentalidade mundana que reduz o homem ao nível das necessidades primárias, fazendo-o perder a fome daquilo que é verdadeiro, bom e belo, a fome de Deus e de seu amor”.
O Papa ressaltou ainda que, ao ser tentado, Jesus não dialogou com Satanás, mas refugiou-se na Palavra de Deus, atitude que deve ser um exemplo também para os dias de hoje. “No momento da tentação, das nossas tentações, nada de argumentos com Satanás, mas sempre defendidos pela Palavra de Deus! E isto nos salvará”
Lembrando que a Quaresma é tempo propício para a conversão, Francisco convidou os fiéis a renovarem as promessas do Batismo, renunciando a Satanás e a todas as suas obras e seduções.
Após a oração mariana, desejou um rico caminho quaresmal para todos.

quinta-feira, 6 de março de 2014

CATEQUISTA EM FORMAÇÃO

Em 1964, parte significativa dos bispos brasileiros, em sintonia com os ventos renovadores que vinham do Concílio, queriam aproveitar o momento rico do Tempo da Quaresma, tempo de conversão e penitência, para convocar os católicos a participarem de uma reflexão que começava por rever e atualizar os próprios conceitos de Conversão e Penitência, até então muito ligados à ideia de sacrifícios físicos e mortificação dos sentidos.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"Não ter medo da Confissão"



Este Sacramento provém diretamente do mistério pascal, quando disse aos discípulos: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados”. Antes de tudo, disse Francisco, o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar-nos a nós mesmos.

Eu não posso dizer: ‘Eu me perdoo os pecados’. O perdão se pede, se pede a outro, e na Confissão pedimos perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é dom do Espírito Santo, que derrama sobre nós a graça e a misericórdia do Pai.

Na verdade, embora a forma ordinária da Confissão seja pessoal e secreta, não se deve perder de vista a sua dimensão eclesial. Por isso, não basta pedir perdão a Deus no íntimo do próprio coração, mas é necessário confessar os pecados ao sacerdote. Este, no confessionário, não representa apenas Deus, mas toda a comunidade eclesial, a qual se reconhece na fragilidade dos seus membros, constata comovida o seu arrependimento, reconcilia-se com eles e encoraja-os no caminho de conversão e amadurecimento humano e cristão.

Para aqueles que dizem: ‘Eu me confesso somente com Deus’, o Papa recordou que os nossos pecados são também contra os irmãos e a Igreja e por isso é necessário pedir perdão a eles na pessoa do sacerdote. Aos que se envergonham, o Pontífice respondeu:

Também a vergonha é boa, vergonhar-se é saudável. Porque quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos “sem vergonha”, sin verguenza. (...) Mas a vergonha também faz bem, porque nos torna mais humildes. (...) Não tenham medo da Confissão, porque dela se sai mais “livre, grande, belo, perdoado e feliz”.

O Papa se dirigiu aos presentes para que cada um se lembre qual foi a última vez que se confessou e sugeriu: Se passou muito tempo, não perca mais um dia: vá avante, que o sacerdote será bom. Jesus é quem está ali, eh?, e Jesus é o padre mais bondoso de todos, pois recebe com tanto amor. Seja corajoso e vá se confessar.

Francisco concluiu sua catequese ressaltando que o Sacramento da Reconciliação significa deixar-se envolver no abraço da misericórdia infinita do Pai. E citou a parábola do filho pródigo, que ao voltar para casa sentindo tanta culpa e vergonha, ficou surpreso com o abraço que recebeu do Pai. Toda vez que nós nos confessamos, Deus nos abraça, Deus faz festa. Prossigamos nesta estrada.
Papa Francisco
Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014


Tema: Fraternidade e Tráfico Humano
Lema: É para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1)
O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”.
Objetivos específicos:
• Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos sofridos por esta exploração;
• Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às vitimas dessas práticas;
• Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho transformador desta realidade aviltante da pessoa humana;
• Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano;
• Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania dos atingidos;
• Reivindicar, aos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar, eclesial e social;



EXPLICAÇÃO DO CARTAZ
1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.
4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos

domingo, 26 de janeiro de 2014


A MISSÃO DE CATEQUISTA

O documento Catequese Renovada, números 144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão de catequista, que podemos assim resumir:
O catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja.
O catequista anuncia a Palavra e denuncia tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua
vocação de filho de Deus.
O catequista ajuda a comunidade a interpretar criticamente os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo
e do pecado e a celebrar sua fé na Ressurreição.
Para cumprir bem sua missão, o catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito de abertura e humildade para procurar sempre crescer.
É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão seja frutuosa.
Importante, ainda, é a participação do catequista em cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo e por isso deve cultivar uma vida comum, refletir, organizar, trabalhar e avaliar junto e, ainda, celebrarcomunitariamente a fé e a missão.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Identidade pessoal


Mesmo praticando duplicidade na forma de viver, cada pessoa tem uma identidade que a diferencia dos demais. No âmbito do cristianismo, o batismo é um referencial que, inclusive, marca a pessoa com um nome. Há um esforço de que esse nome coincida com o do Registro Civil. É uma questão até de respeito para com o indivíduo.
Pelo nome temos um compromisso social, com direitos e deveres de cidadania, de construção do bem e de harmonia na sociedade. Como cristão, a tarefa se amplia em relação à pertença a Igreja. Recebendo um nome, Jesus solidariza-se com toda a humanidade, tornando-se homem e Deus. Isto foi profetizado e agora tornado realidade.

A realização do bem nunca deve passar pelo caminho do poder tirânico, da violência e do desrespeito. É importante ler, ou reler, os textos da Sagrada Escritura, encontrando neles as motivações para a construção do que seja melhor para ajudar na convivência. Nas diferenças, devemos contar sempre com as interferências divinas.

Para Deus não há distinção entre as pessoas. Ninguém é melhor ou pior do que o outro por ter estas ou aquelas qualidades naturais. A diferença está na forma como são assumidos ou realizados os compromissos e obrigações. Talvez a marca maior esteja na simplicidade e na humildade ao desempenhar as tarefas na comunidade.

O grande alvo a ser perseguido é a fraternidade entre as pessoas e os povos. Onde há fraternidade, há também paz, respeito, justiça, honestidade e vida feliz. Uma sociedade assim confirma a presença do Reino de Deus, Reino que constrói história de vida e defende a identidade pessoal de todas as pessoas.

A prática de justiça e de vida cristã deve ser uma marca e fazer a diferença na convivência fraterna. Jesus disse: “Convém que cumpramos toda a justiça” (Mt 3, 15). Fazer a justiça significa estar em sintonia com a vontade de Deus, fazer a vontade do Pai e agir em conformidade com os princípios do batismo. Os frutos não podem ser outros que não seja a fraternidade. 

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.