segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CAMPANHA DA FRATERNIDADE


Explicação do Cartaz CF 2013

A igreja, ao iniciar esta caminhada quaresmal, tem os olhos fitos na cruz, donde emana a comunicação do amor de Deus por nós, na entrega de Jesus Cristo, para que nele tenhamos a vida (cf. Jo 10,10). Este gesto do Senhor é redentor, pois Ele vence todos os males e mortes que nos afligem nos salva e descortina para nós um horizonte de esperança expresso no rosto da jovem.

A cruz convida à fraternidade entre todos os povos, raças e nações, representações pelas diferentes cores e linhas que a percorrem. As tags, vistas no alto do cartaz, acenam para a comunicação rápida, a circulação de informação e as novas ambiências para encontros, as quais devem ser perpassadas pela mensagem libertadora da cruz e contribuir para o projeto de uma sociedade justa e solidária, segundo o Reino.

A Igreja com essa Campanha, cujo tema é "Fraternidade e Juventude", chama a atenção para os desafios dos jovens na edificação do projeto de Deus, dentro do contexto de mudança de época. É um período marcado pela instabilidade dos critérios de compreensão e dos valores (DGAE, n. 20), pelas novas possibilidades de interação e desigualdade de oportunidades, com forte reflexo na vida dos jovens, quer das cidades, quer do campo.

A jovem, de braços abertos em forma de cruz, representa os que são transformados pela jovialidade comunicada pela ressurreição de Jesus, a boa nova por excelência, que nos fortalece. É com esse vigor que a jovem responde ao chamado de Deus, repetindo as palavras do profeta Isaías: "Eis-me aqui. Envia-me!" (Is 6,8).

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ANÁLISE (SOCRÁTICA) DOS TEMPOS ATUAIS




FREI BETO
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não. Minha aula é pela tarde'. Comemorei: 'Que bom então de manhã você pode brincar dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã'. 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!' 

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.

domingo, 3 de fevereiro de 2013


A proximidade do tempo quaresmal nos ajuda a perceber  que a nossa vida cristã atinge a sua  beleza e plenitude na Páscoa de Jesus  Cristo. Somente à luz da Ressurreição do Senhor é possível viver e acolher a austeridade destes dias de penitência, jejum e oração.
Na quaresma travamos um grande combate com nós mesmos e assim buscamos a vida nova, não poucas  vezes, adormecida em nosso coração.
O despertar para a nova existência em Cristo é uma via de mão dupla, ou seja, é um caminhar na direção de Deus e dos irmãos. Isto sim é conversão autêntica!
Reorientação da vida para aquelas realidades que de fato merecem valor. A conversão é o reverso do pecado. Pecado é errar o alvo, conversão é o mesmo que redescobrir o norte da nossa vida:
Deus e o próximo. Deus e o próximo são realidades inseparáveis. Em nossa busca de Deus
Se  fizermos a pergunta “Deus, onde estás”? Sem dúvida a resposta será esta: “Onde está o teu irmão?” Busquemos  este encontro libertador com Deus e o próximo e assim viveremos a alegria da  Páscoa do Senhor. A experiência do encontro com Deus  e os irmãos é possível a todos nós. Não  se trata de algo inatingível, mas um de  um novo horizonte que se abre diante
de nossos olhos. O problema é que nem  sempre o nosso olhar capta os sinais  desta presença de Deus e das pessoas  em nossa vida. Quando isto acontece  sofremos a dura solidão e caímos no  mundo do egoísmo. Neste ano em que a Igreja lança seu  olhar de mãe para a nossa  juventude,  convido a todos de nossa querida Paróquia, para que juntos caminhemos  ao encontro de nossos jovens. Eles têm  muito a aprender e ao mesmo tempo podem nos ensinar muitas coisas bonitas:  a alegria de viver, a coragem de lutar, a  ousadia de enfrentar os desafios da vida, enfim , a abertura ao novo. Que os nossos jovens correspondam ao convite do  Senhor e digam com alegria e prontidão: Eis-me aqui, envia-me. (Is 6,8).
Um abraço afetuoso ao povo que me  foi confiado,
Pe. Geovane Luís da Silva - Pároco

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Juventude: Acolhida e Protagonismo



Pe. Geraldo Martins Dias
Passados 20 anos da primeira Campanha da Fraternidade sobre a juventude (1992), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) repropõe o tema na Campanha deste ano, que será lançada no dia 13 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas.  A Igreja e a sociedade brasileira são desafiadas a voltar seu olhar para geração digital, no contexto das profundas mudanças que marcam o terceiro milênio.
Se em 1992, a CNBB apontava a juventude como “Caminho aberto” e a considerava como agente “de uma nova evangelização” e como “força transformadora da Igreja e da sociedade”, na Campanha de 2013, o apelo é para acolher a juventude e favorecer seu protagonismo em três dimensões: no seguimento de Jesus Cristo, na Igreja e na construção de uma sociedade fraterna cujas bases sejam a cultura da vida, da justiça e da paz.
Assegurados a acolhida e o protagonismo, está posto o caminho para que o jovem, numa resposta livre e consciente, se apresente diante de Deus que o convoca para construir a civilização do amor e diga: “Eis-me aqui, envia-me”, conforme sugere o lema da CF. O desafio, no entanto, é como concretizar estes dois pilares sobre os quais se assenta o objetivo da Campanha.
A acolhida é, de fato, o primeiro passo para se estabelecer qualquer relação que se queira verdadeira, duradoura e eficaz. Ela exigirá, antes de tudo, liberdade, confiança, lealdade, transparência e respeito. Modelo de quem sabe acolher, Jesus mostra que só há acolhida quando permitimos que o outro venha a nós do jeito que ele é, sem nenhuma exigência de mudança ou adequação aos nossos padrões culturais ou outros quaisquer. O diálogo é que apontará os caminhos da nova relação que se estabelece a partir da acolhida.