quinta-feira, 7 de maio de 2015

Plano de Catequese -Catequese para todos e para todas as idades

1. Histórico
O Plano de Catequese da Arquidiocese de Mariana foi elaborado pelos coordenadores e assessores arquidiocesanos de catequese, com a ajuda preciosa dos coordenadores paroquiais e de todos os catequistas que acompanharam os encontros de formação do Programa “Vinde e Vede”. Sua gênese se deu ao longo de dois anos marcados por várias iniciativas, dentre as quais destacamos: pesquisa sobre a realidade geral do trabalho catequético nas paróquias realizada nos últimos meses de 2003; definição de 2004 como Ano Catequético; encontros arquidiocesanos de coordenadores paroquiais de catequese, em fevereiro e em outubro de 2004; estudo dos cadernos de formação “Vinde e Vede”, acompanhado por, aproximadamente, 8.500 catequistas das cinco regiões pastorais da Arquidiocese de Mariana; encontro com os catequistas que concluíram o IRPAC (Instituto Regional de Pastoral Catequética), em abril de 2005; realização de assembléias regionais de catequese, em todas as regiões, nos meses maio e junho de 2005; elaboração do ante-projeto do plano de catequese a partir dos relatórios resultantes do estudo dos cadernos “Vinde e Vede” e dos relatórios das assembléias regionais de catequese; realização, em duas etapas, da Assembléia Arquidiocesana de Catequese, em julho e em outubro de 2005; várias reuniões da coordenação e dos assessores arquidiocesanos de catequese ao longo destes anos.
O Diretório Nacional de Catequese, desde a sua fase inicial, muito contribuiu para enriquecer e fundamentar o Plano Arquidiocesano de Catequese. Os catequistas, através do Programa “Vinde e Vede” entraram na discussão dos seus principais temas. Por isso, em vários momentos o Diretório é citado no texto, tornando-se seu principal referencial teórico. A discussão nacional em torno da catequese e o interesse da CNBB pela questão fecundaram a construção do Plano Arquidiocesano de Catequese.
O Plano de Catequese foi aprovado pelo CAP (Conselho Arquidiocesano de Pastoral), por Dom Luciano Mendes de Almeida, Arcebispo de Mariana, e pela XIII Assembléia Arquidiocesana de Pastoral, no dia 9 de dezembro de 2005. Definiu-se, então, que sua implantação nas paróquias e regiões se daria de modo gradativo, a começar nos primeiros meses de 2006.
ATENÇÃO-
3. Crianças que ainda não foram batizadas
Tendo em vista a situação especial de crianças que se preparam para receber a Eucaristia e ainda não foram batizadas, propomos aos nossos catequistas as orientações da Igreja referentes ao Rito de Iniciação de Crianças em Idade de Catequese. Tais orientações, de caráter litúrgico-pastoral, se encontram no quinto capítulo do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA).
3.1. O que é iniciação cristã
Ainda hoje, em nossas comunidades, ressoa forte e suave o convite de Jesus: “Vinde e Vede”. Como outrora aos discípulos, hoje ele nos chama a sermos seus amigos e colaboradores na construção do Reino.
Àqueles que desejam encontrar, conhecer, amar e seguir Jesus Cristo, a Igreja, desde as suas origens, propõe um itinerário semelhante ao que o Mestre exigiu dos discípulos. “Então eles foram e viram onde morava, e permaneceram com ele aquele dia” (Jo 1,39): o encontro com Cristo exige uma caminhada – “então eles foram” –, o conhecimento da moradia dele – “e viram onde morava” – e sua permanência junto dele para segui-lo no amor a Deus Pai e aos irmãos.
O encontro com Cristo se insere no dia-a-dia da vida e tem a força de transformá-lo em algo belo e inesquecível, mudando definitivamente o rumo da nossa existência cristã. Esta caminhada progressiva em direção ao mistério de Cristo, realizada em etapas que alimentam e celebram a fé, é denominada Iniciação Cristã.
3.2. Etapas da iniciação cristã de crianças
O rito de iniciação está estruturado em três etapas: Rito de instituição dos catecúmenos, Escrutínios ou Ritos Penitenciais e Celebração dos Sacramentos de Iniciação.
3.2.1. Rito de Instituição dos Catecúmenos
É a celebração de acolhida da criança no processo de iniciação cristã, diferente daquela outra em que todas as crianças da catequese são acolhidas e apresentadas à comunidade. O rito de instituição dos catecúmenos, ao contrário, deve ser celebrado diante de um pequeno grupo de pessoas: pais ou responsáveis, a família, os colegas do grupo catequético. Na iniciação de crianças dessa idade, não é desejável a presença de toda a comunidade paroquial; basta que esteja representada.
Convém realizar a celebração na igreja ou em outro local adequado que proporcione às crianças uma experiência profunda de acolhida. Pode-se, então, preparar este rito no horário e local do próprio encontro catequético. O catequista, ou outro ministro convidado, pode presidir a celebração, não sendo necessária, apesar de importante, a presença do sacerdote. Esta celebração pode acontecer no início da terceira ou da quarta etapa do programa Vinde a Mim.
A estrutura da celebração encontra-se no Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, incluindo a descrição de todos os ritos e leituras bíblicas. Cada paróquia ou comunidade deve ter o seu Ritual para o uso dos catequistas. É fundamental que a coordenação de catequese acompanhe a progrmação e preparação desta celebração.
3.2.2. Ritos Penitenciais
Os ritos penitenciais são muito importantes no processo de iniciação cristã das crianças e devem ser celebrados em data próxima à celebração do Batismo, pois é preciso que as crianças apresentem maior maturidade na vida de fé e desejo de serem batizadas. Uma medida louvável é fazer coincidir este rito com a celebração do sacramento da Penitência das crianças que já são batizadas e se preparam para a Primeira Comunhão Eucarística. Ou seja, no mesmo dia da primeira confissão individual das crianças batizadas acontece o Rito Penitencial para as crianças que serão batizadas. È importante que pais e padrinhos, bem como os colegas do grupo catequético, participem desta celebração.
3.2.3. Celebração do Batismo
Sempre que possível, o Batismo seja celebrado na Vigília Pascal, ou no domingo, dia em que a Igreja comemora a ressurreição do Senhor, dependendo da maturidade de fé das crianças e do planejamento catequético. Outro momento apropriado para o Batismo é o dia da celebração da Primeira Comunhão Eucarística daqueles que já foram batizados, ou ainda em um domingo próximo. Tudo depende da programação paroquial e da orientação do pároco. O Ritual de Iniciação Cristã de Adultos apresenta os ritos próprios da celebração do Batismo.
3.3. Observações importantes
1) A quem se destina este Rito?
A crianças que não foram batizadas, mas já atingiram a idade da razão e da catequese, ou seja, elas possuem a capacidade de conceber e nutrir sua fé. Ainda não podem ser tratadas como adultos, pois dependem dos pais ou responsáveis e sofrem a influência dos companheiros e da sociedade.
2) Qual o papel dos pais ou responsáveis?
Exercem um ministério importante durante a iniciação de seus filhos. São os responsáveis pela sua introdução na comunidade dos fiéis e devem oferecer a eles auxílio e exemplo de vida cristã. A permissão dos pais ou responsáveis é necessária para a iniciação e futura vida cristã dessas crianças.
3) Como se dá a iniciação destas crianças?
A iniciação divide-se em etapas e tempos que são enriquecidos com determinados ritos litúrgicos. O ideal é que tudo aconteça em sintonia com as etapas já estabelecidas para o próprio grupo catequético. Deste modo, evidencia-se com mais clareza o caráter comunitário da iniciação não só para a criança “não batizada”, mas também para aquelas que já receberam a graça batismal.
4) O que acontece após a celebração do Batismo?
Começa o tempo de ajuda aos recém-batizados a fim de que sejam firmes na fé e sintam-se integrados à família de Deus, a Igreja. Nesta etapa atuam ativamente todos os fiéis, sobretudo os pais, padrinhos Este é o tempo da mistagogia ou inserção mais profu