domingo, 26 de fevereiro de 2012

CATEQUESE...


Está havendo grande esforço de uma catequese voltada para as exigências da cultura moderna. O grande objetivo é formar discípulos missionários dentro do processo de iniciação à vida cristã, de inspiração catecumenal e centrado na prática concreta das primeiras comunidades cristã.
A Igreja procura, mesmo que de forma lenta e prudente, acompanhar os passos e as mudanças da história. Não estamos mais no tempo da cristandade e nem de uma catequese focada na preocupação doutrinal e no estilo de perguntas e respostas.

 O principal objetivo da catequese é formar e conscientizar o catequizando, de todas as idades, para o sentido da vida da graça. É a experiência de um encontro profundo com Jesus Cristo, com uma Pessoa concreta, que atinge a vida das pessoas na comunidade cristã.

 Os batizados nem sempre são evangelizados. Por isto, a Igreja está preocupada com uma catequese de adultos. Muitos não são ainda, mesmo que batizados, introduzidos na vida cristã e são cristãos só de nome e sem compromisso de fé.
 A catequese, nas dimensões de hoje, precisa ser mais envolvente, que chegue à família e toda a comunidade. Isto significa que não conseguimos atingir os verdadeiros objetivos catequéticos se a família e a comunidade não forem também catequizadoras.
Necessitamos de uma catequese mais profética e assentada numa espiritualidade madura e libertadora. Que anuncie a Pessoa de Jesus Cristo com base na Palavra de Deus e no testemunho verdadeiro de prática cristã na sociedade e na Igreja.
 No processo metodológico, como anuncia o Documento de Aparecida, é preciso "abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé". Na verdade, é urgente buscar uma "conversão pastoral e renovação missionária..." (n. 375).
 Urge a Igreja fazer uma profunda revisão de sua ação catequética. Há ainda muita estrutura arcaica, sem frutos e conservadorista, necessitando de passar por um processo de conversão. Temos que nos libertar do clima e das influências da cristandade.


 Pensar numa Igreja e numa catequese voltadas para a sociedade, para as necessidades das realidades práticas e temporais das pessoas. Catequese que saia da sacristia, que enfrente os desafios de uma cultura capitalista, consumista e totalmente secularizada.
 Sejamos agentes desta nova catequese, conscientes de nossa missão cristã, principalmente vocacionados para o trabalho catequético em nossas comunidades concretas. Temos que absorver a "mudança de época" com o coração comprometido.


Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto (SP)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CELEBRAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE -2012



Ambiente (colocar em destaque a Bíblia, vela grande, cartaz da Campanha da.Fraternidade, crucifixo)


ANIMADOR: A vida é um grande presente de Deus. Para bem viver são necessários cuidados especiais, desde o ventre materno até a velhice.

Neste ano a Campanha da Fraternidade nos apresenta o tema da Saúde Pública. Vamos refletir e rezar a realidade da saúde cantando:


Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas,

Pelo remédio para aliviar a dor!

Este é teu povo, em longas filas nas calçadas,

A mendigar pela saúde, meu Senhor!

Tu, que vieste pra que todos tenham vida, (Jo 10,10)

Cura teu povo dessa dor em que se encerra;

Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida, (Mc 5, 34)

 que a saúde se difunda sobre a terra! (Cf Eclo 18,8)


ANIMADOR: O Brasil possui um sistema único de saúde. Isto significa que toda a pessoa têm direito a tudo que está ligado ao atendimento da saúde, desde os cuidados preventivos até os que são necessários, quando a doença os atinge.



LEITOR 1: Podemos nos perguntar: Como está a saúde das pessoas no Brasil? Quais as doenças mais comuns que percebemos na comunidade? Como as pessoas são tratadas nos hospitais, pronto-socorros, postos de saúde? Como trabalham os profissionais da saúde?



LEITOR 2: A Campanha da Fraternidade acontece na quaresma. Este tempo nos chama para uma conversão sincera, tendo como meta a sensibilidade, a fraternidade com os mais fragilizados. A experiência da doença, da dor, da morte fragiliza a pessoa em todas as suas dimensões.



ANIMADOR: Agora, somos convidados a tocar a cruz. Ela nos recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou.Cada participante, assume a voz de alguém fragilizado pela doença, pedindo ao Senhor que alivie o seu sofrimento.

(de forma expontânea realizar este gesto)


CANTO: Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais,

Fica a sofrer sem leito e sem medicamento!

Olha, Senhor, a gente não suporta mais,

Filho de Deus com esse indigno tratamento!

Tu, que vieste pra que todos tenham vida, (Jo 10,10)

Cura teu povo dessa dor em que se encerra;

Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida, (Mc 5, 34)

E que a saúde se difunda sobre a terra! (Cf Eclo 18,8)



ANIMADOR: Jesus amou os doentes. Queria que o ser humano tivesse vida digna, saudável e reintegrada na sociedade. Diz o Evangelho:



TODOS:Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas  sinagogas deles, anunciando a Boa nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (Mt 4,23)



ANIMADOR: A Palavra de Deus nos aponta caminhos para a prática da solidariedade com os mais fragilizados. A parábola do bom samaritano nos indica que quem segue a Jesus precisa valorizar a importância do cuidado, pois só quem ama cuida. Vamos acolher a Palavra de Deus cantando:



A vossa Palavra Senhor, é sinal de interesse por nós (bis)

É feliz quem escuta a Palavra e a guarda no seu coração.



LEITOR 2: Leitura do Evangelho de Lucas 10, 25-37

A vossa Palavra Senhor, é sinal de interesse por nós (bis)



(fazer alguns minutos de silêncio)



ANIMADOR: A parábola apresenta sete verbos que revelam um modo de ser diante do outro. São eles: 1-ver, 2-compadecer-se, 3-aproximar-se

4-curar, 5-colocar no próprio animal, 6-levar à hospedaria, 7-cuidar.

 (Distribuir os verbos aos participantes, refletir o seu sentido na prática da saúde pública. Cada participante ou grupo expressará seu compromisso em forma de oração, acendendo sua vela, em uma vela maior, representando Cristo.)



CANTO: Ah! Que alegria ver quem cuida dessa gente

Com a compaixão daquele bom samaritano. (Lc. 10,25-37)

Que se converta esse trabalho na semente

De um tratamento para todos mais humano!



ANIMADOR: Nosso grande objetivo é construir uma sociedade justa e igualitária que estimule sempre a viver a solidariedade. Em forma de credo, vamos expressar nossa esperança, nas práticas fraternas existentes:


 LEITOR 1: Creio no amor de Deus, expresso no cuidado com os doentes acamados.


TODOS: ”Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8)
 

LEITOR 2: Creio na solidariedade dos seguidores de Jesus, sobretudo nas grandes tragédias ecológicas.


TODOS: ”Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8)


LEITOR 3: Creio na pastoral da saúde com todas as suas lideranças que testemunham com sua presença o ser “sal e luz”.
 

TODOS: ”Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8)

 (continuar as preces em forma de credo)



ANIMADOR: Rezemos juntos a oração da Campanha da Fraternidade

TODOS: Senhor Deus de amor, Pai de bondade,nós vos louvamos e agradecemospelo dom da vida,pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Vosso Filho Jesus Cristo,em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversãose faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra.

Amém.



 CANTO: Ah! Meu Senhor, a dor do irmão é a tua cruz!

Sê nossa força, nossa luz e salvação! (Cf. Sl. 27,1)

Queremos ser aquele toque, meu Jesus, (Cf. Mc. 5,20-34)

Que traz saúde pro doente, nosso irmão!

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Plano Arquidiocesano de Catequese


Catequese para todos e para todas as idades.
Dimensão Catequética - Arquidiocese de Mariana
Mística do Plano

 Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: Ele nos abençoou com toda a bênção espiritual nos céus, em Cristo. Ele nos escolheu nele antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor” (Ef 1,3-4).
 Fomos resgatados pelo sangue de Jesus Cristo. Nele alcançamos o perdão e nossas faltas, experimentamos de modo incomparável a grandeza e riqueza da graça divina. O seu amor foi derramado abundantemente em nossos corações. O seu Espírito abre-nos a toda a sabedoria e inteligência (1,8).
Esta é a razão de nossa fé e, por isso, o ponto de partida do processo de educação para a vida cristã.
Deus é comunidade: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é Trindade. O desígnio salvífico de Deus é congregar na
unidade os filhos seus dispersos pelo mundo. Tudo o que foi criado pelo Pai, em especial a humanidade, o foi
referenciado ao Filho, que é o Verbo de Deus. Jesus Cristo é, pois, a luz, a vida do mundo. Através da connfiguração a Jesus Cristo entramos em comunhão com o Pai e entre nós, alcançando a plenitude da vida, a nossa realização completa. “Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio benevolente que de antemão determinou em si mesmo para levar os tempos à sua plenitude: reunir o universo inteiro sob um só chefe, Cristo, o que está nos céus e o que está sobre a terra” (1,9-10). A catequese assume, com toda a Igreja, a tarefa de introduzir cada  pessoa no projeto salvífico do Pai nos revelado em Cristo. Jesus Cristo é o Verbo (Palavra) de Deus que se fez carne, assumindo a condição humana com todas as suas conseqüências, amando-nos até o fim, até a morte de cruz. Jesus conferiu definitivamente um sentido sagrado à nossa história humana. A história humana é também história divina, o “destino” da humanidade está comprometido com o “destino” de Deus. A história da humanidade foi assumida como história da salvação desde o seu início.
Este é o grande projeto de Deus e o sentido mais profundo do plano de catequese: “fomos predestinados a ser, para louvor da sua glória, os que de antemão  esperaram no Cristo” (1,12).
(Continuamos  a meditar o plano nos proximos dias ...)