terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Natal







Ele não tem palavras, mas é a Palavra; não impõe a paz, mas é a Paz e o Príncipe da Paz;
Ele não veio trazer a luz, mas é a Luz nas trevas do coração humano...
Que o Natal possa despertar em nós o assombro, a acolhida,
o olhar contemplativo... diante do Menino que não fala e mostra tudo de Deus.
                                                                 Feliz Natal!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

QUAL É O OBJETIVO DA CATEQUESE?




Com uma simples dinâmica os catequistas podem responder as seguintes questões para descobrir o objetivo da catequese.
· Que tipo de cristãos desejamos para que se construa o Reino de Deus – aqui e agora – visando uma sociedade justa e fraterna, segundo o Projeto de Deus?
· Para esta missão, que tipo de catequese necessitamos?
· Qual a formação que o catequista necessita?

Para definir o OBJETIVO de uma atividade devemos partir de informações concretas e não de meras suposições, opiniões ou esperanças. Para isso, o objetivo deve ser:
· claro,
· preciso, concreto,
· mensurável – que possa medir os avanços e recuos,
· desafiante – solicitando dedicação e exigindo resposta.
Não se pode esgotar a noção de catequese numa simples definição do OBJETIVO. Para clarear a nossa compreensão apresentamos a seguinte definição:
OBJETIVO DA CATEQUESE
Educar na fé as diversas dimensões da vida cristã, a luz da Palavra de Deus, para construir comunidades catequizadoras comprometidas com a verdade e a justiça, sinais do Reino já presente entre nós.
Esse objetivo exige a interação fé-vida, levando ao processo contínuo de conversão a Cristo, à vida em comunidade, à vida sacramental e ao compromisso apostólico (Documento de Puebla – 1007).
O Objetivo nos faz descobrir a exigência de um novo tipo de catequese e, por conseqüência, de um novo tipo de catequista. Isto encontramos no Documento Catequese Renovada da CNBB.

Quando, então, podemos dizer que a nossa catequese atinge o objetivo da Catequese Renovada?
1- Quando é uma caminhada de fé e não simples ensino de doutrina.
2- Quando é um processo permanente numa catequese de adultos e não só para crianças e adolescentes ou tendo só em vista a preparação aos sacramentos.
3- Quando a comunidade é catequizada e catequizadora, na certeza de que ela é a fonte e o lugar da educação da fé.
4- Quando Jesus Cristo é o centro da catequese, como caminho ao Pai e aos irmãos, pelo Espírito Santo.
5- Quando a Bíblia é a fonte da catequese.
6- Quando a catequese introduz na vida litúrgica, prepara para os sacramentos, dentro de uma caminhada contínua de comunidade.
7- Quando prepara o catequizando para assumir seu papel na sociedade como verdadeiro cristão.
8- Quando a catequese está presente nos costumes e nas festas do povo.
9- Quando entra no processo metodológico da interação “fé-vida”.
10- Quando há participação da catequese nas outras dimensões da ação pastoral da comunidade.

· Refletir estes 10 itens da Catequese Renovada e compará-los com a catequese de nossa comunidade.
Fonte: Folheto Ecoando 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A receita da felicidade... na catequese!

  
"E agora, onde coloquei a receita?"
Se é que isso é possível...
Mas vamos lá, vamos ser otimistas e acreditar que ela existe e está logo ali. 
Não gosto de dar "receita"... mas depois de um "papo" que rendeu mais de 78 comentários no Facebook, é preciso dizer alguma coisa. Aliás, fui "intimada" a dizer.
Enfim, como mudar a nossa catequese? Como "animar" nossas crianças? Como fazê-los gostar da catequese e da nossa religião? Como fazer os pais participarem? Como fazer da catequese prioridade para os párocos e demais lideranças?
Bom, se vocês pensam que conseguimos responder essas perguntas nos nossos 78 comentários, tirem o cavalinho da chuva! rsrsrrs...
Sem contar que ainda surgiram outros "entraves" que encontramos todos os dias na nossa missão: falta de espaço físico, descaso de funcionários da paróquia, falta de vontade dos próprios catequistas, empurra-empurra de responsabilidades, fofocas, o "nem aí" dos padres, a catequese ser "só mais uma pastoral", enfim... Coisinhas que poderiam ser evitadas, pra começar, só com boa vontade.
Mas nós chegamos a uma conclusão básica:
NÃO SE FAZ CATEQUESE COM CRIANÇAS SEM FAZER, TAMBÉM, COM ADULTOS.
E quem são estes adultos? A família das crianças? Não teria mais “adulto” nessa história? E como fazer catequese com a família? Inventar encontros de pais em que quase ninguém comparece? Inútil e frustrante. 
E olha que esse "povo adulto" pode ser até nossos próprios colegas catequistas...
Colocar a tal "Catequese familiar" como prioridade. Bingo! Achamos o primeiro ingrediente necessário...
Mas só se isso for REALMENTE levado a sério pela comunidade eclesial, senão não passará de mais uma "atividadezinha", inventada por catequistas que acham que ninguém tem o que fazer e amam ler documentos... Precisa-se envolver TODA a Igreja nisso.
Para reforçar, coloco aqui uma coisa que diz o DNC (é, sou "daqueles"! Que não tem o que fazer e amam ler documentos, rsrrsrs...):
"A Igreja transmite a fé que ela mesma vive e o catequista é um porta-voz da comunidade e não de uma doutrina pessoal." (DNC 39).
Por aí se vê que não se faz nada SOZINHO! E que a Igreja não é “sua”, nem é “você”.  Ainda mais se você é um simples catequista "ninguém" e o povo da coordenação também "dorme no ponto". Mas se você é da coordenação: tem o PODER! Ou deveria ter...
Os coordenadores da catequese fazem parte do Conselho Pastoral e tem voz lá. Podem levar às demais lideranças os anseios, necessidades, aspirações, dificuldades, choradeiras, etc. e tal... Podem acreditar que se vocês contarem das experiências que estamos vivendo, eles nunca mais serão os mesmos! Terão pesadelos por semanas...
Ah! E tem mais: "o catequista é um autêntico profeta, pois pronuncia a Palavra de Deus, na força do Espírito Santo.", isso ainda no 39. E no 41: "a catequese educa para a vida de comunidade, celebra o compromisso com Jesus”.
Então? Por que ter medo? Vamos botar a boca no trombone. Profeta que se preza "profetiza"! Não tem barriga de baleia que esconda a gente. E muito menos vamos esperar crescer um pé de mamona em cima da gente...

Tarefas da catequese: EDUCAÇÃO, INICIAÇÃO E INSTRUÇÃO. 
E vocês acham que isso é só pra criançada? Não, é pros adultos também. E deve começar na marmanjada que está na paróquia, que participa das outras pastorais, trabalha na paróquia, inclusive aquele que "reza" a missa... E que acham "lindo" o dia da Primeira Comunhão na comunidade, sem saber o quanto de sangue, suor e lágrimas você derramou pra isso...


Eu penso que nada, nada mesmo, faremos sem que um verdadeiro “CONSELHO” se faça na paróquia, levantando todas as dificuldades pelas quais a catequese e com isso, a própria paróquia, passa. E disso depende o futuro da nossa Igreja e, mais grave ainda, da nossa FÉ na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. O tesouro da fé precisa ser recebido, vivido e crescido no coração de cada catequizando para que a Igreja cresça. E isso quem diz é o DNC também...
Finalizo aqui o primeiro capítulo do "livro" que as meninas me convocaram a escrever sobre nossas discussões.
Não basta que só "eu" sinta que temos problemas e que não estamos indo a lugar algum.
Primeiro passo de mudança: Convoque a equipe de catequese da paróquia. Sente, avalie, exponha os “podres”, “lave a roupa suja”, só não bata em ninguém... Coloque no papel os problemas que a catequese está vivendo. Mas, PELAMORDEDEUS! Pelo amor que você tem à catequese: não engavete o relatório! Não deixe isso só no “falatório”, não faça disso só mais um "blá blá blá". Leve ao pároco, insista em colocar o Conselho Pastoral a par da situação. É para isso que ele serve. Não se faz reunião de conselho só pra tomar chá e discutir onde vai o dinheiro da festa. 
Não é possível que a paróquia não tenha espaço físico para acolher as crianças! Não é possível que você não tenha acesso a uma chave de porta! Não é possível que o pároco pense que "problema da catequese" tem que ser “resolvido pela catequese"! O primeiro catequista da paróquia é ele!  E se alguém perguntar "e eu com isso?" Dê-lhe uma chulapa e pergunte: "Quer ser coordenador pra que?" Tem que agir e honrar a “camisa”!
E se você não é coordenador nem do mural de aniversários? Paciência... PACIÊNCIA NADA! Vai já conversar com o coordenador (a)! Ou vai sofrer até a aposentadoria? Que, aliás, ouvi dizer, é deprimente... lustrar sibório, lavar sanguinho, manustérgio, trocar água e vinho da galheta... Ah, isso é tarefa de ministro! Pois é, então nem isso vai ter pra fazer...
Esse é o primeiro ingrediente da receita:
TRABALHAR EM COMUNIDADE. Chamar as lideranças pra "responsa"!
VAMOS LÁ! Não perca os próximos capítulos...
Ângela Rocha
Catequista amadora

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O gosto dos caminhos recomeçados


O que te peço, Senhor, é a graça de ser.
Não te peço sapatos, peço-te caminhos.
O gosto dos caminhos recomeçados, com suas surpresas e suas mudanças. 
Não te peço coisas para segurar,
mas que as minhas mãos vazias se entusiasmem na construção da vida.
Não te peço que pares o tempo na minha imagem predileta,
mas que ensines meus olhos a encarar cada tempo como uma
nova oportunidade.
Afasta de mim as palavras que servem apenas para evocar cansaços, desânimos, distâncias.
Que eu não pense saber já tudo acerca de mim e dos outros.
Mesmo quando eu não posso ou quando não tenho,
sei que posso ser simplesmente.
É isso que te peço, Senhor:
a graça de ser de novo.  
José Tolentino Mendonça

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Espiritualidade do Catequista



Eucaristia e Espiritualidade do Catequista:

Entre tantos assuntos de formação para catequistas, um dos mais pedidos é sobre mística e espiritualidade.
Para exercer a sua missão o(a) catequista necessita de uma formação espiritual. Por isso, o Estudo da CNBB nº 59, falando da formação de catequistas e citando o Diretório Catequético Geral n.º 114, diz: “A missão confiada ao catequista exige dele  uma intensa vida sacramental e espiritual, o hábito da oração, o sentido profundo da excelência da mensagem cristã (...) a atitude de caridade, humildade e prudência”.
A mística é algo cultivado na pessoa que se transforma em paixão por uma causa. É a mística que mantém viva a força e a qualidade das opções e compromissos.
É como a água que mantém viva a planta. Mas, não se percebe a olho vivo que esta água está desde a raiz até na ponta das folhas.
A Espiritualidade está no modo de ser, viver, falar e agir das pessoas. Quando perguntamos: qual é a espiritualidade de tal santo? A resposta logo vem caracterizando o(a) santo(a) pelo que foi e fez. Por exemplo: Santa Paulina: amor aos pobres, doentes, pela sua simplicidade, grande ideal pela missão, amor profundo a Jesus Cristo, transformado em ação. A oração é o alimento que sustenta o ser e o agir.


JESUS É O CENTRO DA ESPIRITUALIDADE
A maior fonte da espiritualidade é Jesus Cristo. Dele emanam outras fontes: a vida, a Palavra de Deus, a Eucaristia e a missão.
Jesus nos diz “Vem e segue-me”. Seremos preenchidos por Jesus se realmente o seguirmos sem restrições. É preciso deixar para traz a vida velha dos comodismos, irresponsabilidade, medo, consumismo... para assumir o caminho de Jesus, ou seja vida nova.
Em nosso modo de ser transparece uma espiritualidade do seguimento de Jesus quando a oração faz parte do nosso dia-a-dia, a fraternidade é sincera, a luta pela justiça é presente, a perseverança e o entusiasmo são constantes. Viver como Ele disse, viver como Ele viveu é a síntese da espiritualidade.
“Na medida que vamos seguindo o Cristo Ressuscitado, seu Espírito que habita a Igreja nos inspira a ficarmos mais parecidos com Cristo, compreendendo e atualizando em nossa vida os mandamentos da Lei divina, especialmente o Amor a Deus e ao próximo e a fidelidade às orientações de vida dadas pelo Mestre no Sermão da Montanha.
Por isso, a conversão ao Reino é um processo nunca encerrado, tanto em nível pessoal quanto social, porque, se o Reino de Deus passa por realizações históricas, não se esgota nem se identifica com elas” (cf. P 193, 1221, 1159) (CR 193). A espiritualidade cristã é por excelência a espiritualidade de Jesus segundo seu espírito. Suas
atitudes deverão ser as nossas atitudes. Para nós, a exemplo de Paulo: Viver é o Cristo, e morrer com ele e por ele é o verdadeiro lucro (cf. Fl 1, 21).

EUCARISTIA, O SUSTENTO DA ESPIRITUALIDADE

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Catequizando com arte


 

A arte na Catequese

Sabemos que, através das cores, formas... podemos expressar livremente o que vivemos, pensamos e gostamos. Ao colorir, desenhar, modelar, dobrar papel, colar, cortar...construímos e criamos o que quisermos. A partir daí é possível também perceber a emoção, expressar sentimentos, liberar tensões. Tudo isso é possível a partir de diversas expressões artísticas. “Criar equivale a viver intensamente”.

O catequista que proporciona aos catequizandos a expressão dos seus sentimentos, emoções, percepções, auxilia a cada um a aprofundar e viver a mensagem cristã. Possibilita também que cada um faça sua experiência de Deus e que vá gradativamente percebendo o que quer dizer ser sinal do Reino hoje.
 
Seguem algumas sugestões.

Desenho

* Para crianças até, mais ou menos, 9 anos pode-se usar o desenho livre. A criança desenhará o que ela entendeu da mensagem que lhe foi transmitida. Se esta não for clara para ela, não saberá desenhar nada. (Um alerta para o catequista!)

A criança também se revela através do desenho. Suas alegrias ou suas dores são expressas pelas figuras que ela desenha ou omite de desenhar. Se o catequista tiver uma intuição pedagógica, saberá descobrir as emoções e sentimentos do catequizando e poderá ajudá-lo no seu crescimento humano e espiritual. O catequista pode também pedir à criança que “explique” o seu desenho. Aí a criança vai se revelando também.

Crianças maiores não têm mais a espontaneidade para fazer o desenho livre. Acham que não sabem desenhar. Um tipo de desenho para elas é o desenho em quadrinhos, desenvolvendo uma mensagem do Evangelho, uma parábola ou algo da vida diária.

Também pode- se pedir que os catequizandos reflitam sobre a letra de uma música, uma poesia, uma história, e depois ilustrem a parte da mensagem que perceberam.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012


Todos os fiéis da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, especialmente a juventude, estão se preparando para um grande momento celebrativo. No dia 07 de novembro, às 19h, numa solene Celebração Eucarística, nos reuniremos no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, com o objetivo de fazer uma bonita e festiva acolhida aos Símbolos Arquidiocesanos da Jornada Mundial da Juventude, que estão visitando todas as paróquias da Arquidiocese de Mariana, e que chegam à nossa paróquia para permanecer conosco,nos dias 08 e 09 de novembro. A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora virão em carreata da Paróquia do Bom Pastor até à nossa Matriz.
Estes Símbolos serão recebidos com festa pela nossa juventude que está organizando uma intensa programação para envolver o maior número de jovens possível neste evento. Logo na chegada dos símbolos, após a missa do dia 07/11, haverá um momento de animação e de louvor, seguido de um teatro.
No dia 08/11, às 09h, os Símbolos visitarão a Escola Baronesa Maria Rosa. Depois, às 14h, visitarão o presídio. Às 19h, haverá novamente na Matriz uma Celebração Eucarística, seguida de uma Vigília noite adentro.
No dia 09/11, às 09h, os Símbolos visitarão a Escola Estadual Embaixador José Bonifácio. Às 15h, participaremos da novena perpétua em honra à Nossa Senhora da Piedade e da Celebração Eucarística, transmitida pela Rádio Correio da Serra, para a qual são convidados especiais da juventude todos os comerciantes e empresários da cidade de Barbacena. Nessa Celebração se fará uma prece especial pela geração de trabalho, emprego e renda bem como para que cresçam as oportunidades de primeiro emprego para nossos jovens. E, às 19h, os Símbolos serão conduzidos para a Igreja do Rosário, onde os jovens do Grupo Levanta-te farão uma hora de oração e depois, seguirão em direção à Paróquia do Divino Espírito Santo, encontrando-se, às 20h30, no Pontilhão, com os jovens da mesma, onde a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora serão entregues à sua responsabilidade, conforme programação regional. (piedadebarbacena.com.br)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Um dia uma criança me parou, olhou-me nos meus olhos a sorrir.



Um dia uma criança me parou, olhou-me nos meus olhos a sorrir. 
Caneta e papel na sua mão, tarefa escolar a cumprir. E perguntou no meio de um sorriso o que é preciso para ser feliz? 
(Refrão) 
Amar como Jesus amou, Sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver com Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria E ao chegar o fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz. 
Ouvindo o que eu falei ela me olhou/ e disse que era lindo o que eu falei./ Pediu que repetisse, por favor,/ que não falasse tudo de uma vez. / E perguntou no meio de um sorriso/ o que é preciso para ser feliz. Depois que eu terminei de repetir,/ seus olhos não saiam do papel./ Toquei no seu rostinho e a sorrir/ pedi que ao transmitir fosse fiel./ E ela deu-me um beijo demorado/ e ao meu lado foi dizendo assim.

Um dia uma criança me parou, olhou-me nos meus olhos a sorrir. 
Caneta e papel na sua mão, tarefa escolar a cumprir. E perguntou no meio de um sorriso o que é preciso para ser feliz? 
(Refrão) 
Amar como Jesus amou, Sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver com Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria E ao chegar o fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz. 
Ouvindo o que eu falei ela me olhou/ e disse que era lindo o que eu falei./ Pediu que repetisse, por favor,/ que não falasse tudo de uma vez. / E perguntou no meio de um sorriso/ o que é preciso para ser feliz. Depois que eu terminei de repetir,/ seus olhos não saiam do papel./ Toquei no seu rostinho e a sorrir/ pedi que ao transmitir fosse fiel./ E ela deu-me um beijo demorado/ e ao meu lado foi dizendo assim.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Tirinhas na catequese



Cisco

Um garotinho pequeno, como um cisco, em estatura e humildade.
Ele usa uma roupinha parecida com um hábito religioso e assume verdadeiramente os ensinamentos do Senhor Jesus.
Gosta muito de São Francisco de Assis, tanto que sua brincadeira favorita é a de ser um frade.
Vive lindas aventuras com sua turminha, cheias de ensinamentos como: amor, fraternidade, perdão, amizade e cuidados com a natureza.
Uma das coisas que Cisco mais gosta de fazer é ajudar os pobres e desamparados, neles encontra a imagem de Jesus Cristo que sofre.






Fonte: http://www.ciscodoamor.com.br/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Acolhida na catequese


Vivemos uma “época em mudança”, onde a sociedade vai-se movendo em várias direções, em todos os âmbitos. Há um aparente esvaziamento espiritual e uma certa condição para a aceitação das realidades. Esta época é marcada pelas muitas opções oferecidas pelo mundo, que são caminhos diversos trazendo inúmeros desafios: maneira de pensar, de agir, inversão de valores, incluindo a religiosidade.
   Nós, enquanto Igreja, movimentos, pastorais, podemos ajudar a reverter essa situação tão preocupante em nossos dias, através de uma boa acolhida. As pessoas, de uma maneira geral, carecem de atenção, afeto, de serem ouvidas, de se sentirem elas mesmas. E o meio mais eficaz para exercer este acolhimento é a catequese. Acolher bem para catequizar melhor. Acolher bem na catequese é uma forma de se viver a própria fé e realizar com eficácia a missão que Jesus nos confiou.

domingo, 7 de outubro de 2012

Tem pena, Senhor,
tem carinho especial
com as pessoas muito
lógicas, muito práticas,
muito realistas, que se
irritam com quem crê
no cavalinho azul.

Dom Helder Câmara
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

VIVER


É reconhecido pela Igreja o “serviço” exercido por milhares de leigos e leigas, adultos, jovens, adolescentes, anciãos que se dedicam à transmissão da fé em nossas comunidades, muitos deles enfrentando todo tipo de adversidade.
Eles exercem seu ministério com boa vontade, dispõem de uma religiosidade herdada na família. Porém, transmitir a fé requer ainda: experiência pautada na Pedagogia de Jesus, conhecimento da realidade onde os catequizandos estão inseridos e, sobretudo, conhecimento de si mesmo. É preciso que os e as catequistas passem pela experiência do querigma, do discipulado e bebam na fonte da liturgia.

terça-feira, 25 de setembro de 2012


Sei exatamente o que você passa quando não lhe acolhem, não lhe instruem e muito menos quando nem lhe dão bola. Sei como você fica quando convida todo mundo para uma reunião, ou um encontro de formação, retiro, celebração e poucos aparecem. Já te vi triste e já te vi até chorando por causa disso. De fato, você aceitou uma missão desafiadora. Ser catequista não é uma tarefa fácil, ainda mais, num mundo onde as pessoas não querem compromissos e se afastam das responsabilidades. Sei que você teria muitas outras coisas para fazer, atividades com a família, trabalho, vida social, filhos, marido, ou, outras situações. Mas, mesmo assim, você aceitou o desafio de encaminhar outras pessoas para um projeto diferente. Sua tarefa também é motivar, mas já te vi muitas vezes desmotivada. Compreendo isso. Nem sempre os outros entendem tuas limitações. Fazem julgamentos a seu respeito, apressados até, por causa desse seu jeito irrequieto. Mas, se eu pudesse estar mais perto, sentaria na sua frente, te olharia nos olhos, e te daria um abraço. Sabe aqueles abraços que os amigos se dão nuns nos outros nos momentos de deserto ou de extrema euforia? Este mesmo! Você anda precisando de um abraço. Queria ficar um bom tempo te abraçando, afagando, confortando o seu cansaço, enxugando as suas lágrimas e dividindo os seus êxitos. Queria ser seu confidente, mas nem sempre você lembra que eu existo. Sinto que você tem muitas coisas para me dizer, mas tem guardado tantas coisas só para si. Quem sabe você se abre mais com alguém que você confia. É bom se abrir, contar as coisas, dizer o que você sente e se fazer ouvir. Todos nós temos nossos momentos de fraqueza. Eu mesmo tive os meus, e muitos. 

Quando vejo você em ação, na catequese, dou risadas interiores. No fundo, você se parece muito comigo. Quer as coisas certas, luta para que os outros se empenhem, busca tocar corações e motivar pessoas, tenta organizar tudo certinho, mas nem sempre as coisas funcionam como você gostaria que funcionassem. 

Meu anjo! O problema é que o nosso tempo não é o mesmo tempo que o Pai que está no céu imagina para cada um de nós. Por isso, nos apressamos, queremos as coisas para ontem e com isso, atropelamos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Florescer é preciso.



Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira” (Cecília Meireles)

Quando se é criança as histórias nos encantam. E, mesmo que mais tarde não acreditemos no que  nos foi contado, fica um encantamento que oculta  nossos conceitos e  também nosso discernimento.
Foi assim quando ouvi sobre a lenda das quatro estações. Rezava a lenda que três irmãos deram origem às três primeiras estações do ano e as lágrimas de uma irmã saudosa transformaram-se em flores e cada uma de uma forma, de uma cor e de um perfume que ia tornando a terra mais colorida e mais cheia de luz. Era a princesa primavera, que surgia para se opor ao verão que queima, ao inverno que entristece e ao outono sombrio das folhas que se jogam em cascata.
     Mas voltando à realidade, fato é que todo ano a primavera surge tal qual princesa, majestosa derramando suas cores, pincelando todo o universo com o pincel de Deus.
E toda a natureza se renova, transforma-se numa exuberante vitalidade. Tudo respira vida, tudo é fertilidade.
Por que não aproveitar o momento desse ciclo em que a natureza se enfeita e sair do nosso silêncio do nosso recolhimento?   
Deixar para trás o inverno que nos gelou o coração, esquecer as ventanias que varreram nossos sonhos, apagar as tristezas, as angústias de um outono sombrio?
- Esquecer as estações pela qual passamos é podar os galhos que teimam em impedir o crescimento, deixar que os novos brotos da fé, da esperança, renasçam em nosso coração, colorir nossa alma de sentimentos que façam aflorar nossos dons.  Transformar nossos sorrisos em flores fazendo primavera na vida de todos aqueles que são nossos companheiros de caminhada.
Como existe um tempo para tudo, esse é o tempo em que a primavera nos convida a abrir espaço para o novo, florescer nosso coração para que o perfume exale por onde passarmos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bíblia, Deus se abre com a gente


Da vida cotidiana


Estava no ônibus dos jogadores que ia a uma cidade vizinha disputar mais uma partida do torneio regional. Ao passar por aquela cidade, viu sentada no banco da praça uma menina que também olhou para ele. Os olhares se cruzaram, aquele clic, aquele... Ele não conseguiu mais tirá-la do pensamento, mas como descobrir quem era? Ela, por seu turno, sabia que o ônibus levava jogadores e começou a se interessar por futebol.

Quando o time daquela cidade veio à sua, lá estava ela firme no campo. Viu - como haveria de esquecer aquele rosto? - que ele era o goleiro do time. Mas não se aproximou, não conseguiu, não era hora ainda...

Ele não a esquecia, mas julgava-se esquecido. Em casa, às vezes, tocava o telefone, ele atendia, mas ninguém falava, ouvia apenas música romântica e suspiros. Desligava. Alguns clientes a mais da cidade vizinha procuram seus serviços. Nem notou.

Um dia seu time de futebol é convidado para uma festa na cidade vizinha. Estranho, mas quem sabe, agora... Durante a festa, os dois se dão de frente, quase se chocam. Um “Oi!” sem graça, “Desculpa!” mais sem graça ainda. Depois, os dois quase ao mesmo tempo, “Como é teu nome? Você é que...?”.

Namoro, noivado, casamento. Aí vieram as explicações: O repentino interesse pelo futebol, como descobriu o número do telefone, os telefonemas incapazes de falar qualquer coisa, como lhe mandou novos clientes, o esforço para fazer com que o convidassem para a festa e tudo o mais. Tudo estava explicado e tudo ganhava sentido, muito sentido! 
Alguém já viveu ou sabe de experiência semelhante?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

DICA DE ENCONTRO



Deixai vir a mim as criancinhas: considerações sobre a importância do anúncio querigmático às crianças em idade de catequese.
A pedagogia catequética toma forma à luz da pedagogia divina, pois busca na prática de Jesus Cristo o jeito carinhoso de fazer ressoar nos corações a Boa-Nova a toda criatura, a todo tempo, momento e lugar. É o próprio Cristo quem nos capacita, dinamizando nossas possibilidades pastorais para que sejam identificados os elementos principais que compõem o processo unitário da iniciação à vida cristã. O primeiro elemento é a centralidade do mistério pascal, que inspira a vida comunitária e une as etapas dos sacramentos de iniciação. Outro elemento é o amadurecimento progressivo da fé, que desperta e implica o alto grau de responsabilidade da comunidade para colher e preparar seus novos membros, em especial as crianças.

domingo, 19 de agosto de 2012

DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A PARTIR DO EVANGELHO DE MARCOS


Mês da Bíblia 2012
A proposta para o mês de setembro de 2012 é o estudo do Evangelho segundo Marcos associada ao Projeto nacional de Evangelização: O Brasil na missão Continental. Este projeto foi elaborado pela América Latina após a Conferência de Aparecida e reassumido pela Assembléia dos Bispos do Brasil em 2011.
O Evangelho segundo Marcos foi escolhido em sintonia com o ano Litúrgico que estamos vivenciando, o qual, juntamente com o Projeto Nacional de Evangelização, nos ajudará a revisitar os escritos da Comunidade de Marcos, percorrendo os cincos aspectos fundamentais do processo de formação do discípulo missionário: o encontro com Jesus Cristo, a convenção, o discipulado, a comunhão fraterna e a missão.
O tema escolhido pela Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos, e o lema é: Coragem!Levanta-te!Ele te chama!É a expressão presente na narrativa da cura do cego Bartimeu em Mc 10,49. È um texto relevante em Marcos, que nos mostra cada etapa do processo de discipulado e de seguimento de Jesus Cristo.
Com esse projeto da CNBB e o aprofundamento do Mês da Bíblia, damos um novo passo na nossa ação evangelizadora, em continuidade com as ricas experiências e conquistas da Animação Bíblica no Brasil, que tem por objetivo proporcionar a todos os batizados uma experiência mais profunda da fé cristã, possibilitando um encontro pessoal com Jesus Cristo vivo e, por ele, com o Pai, no Espírito Santo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CELEBRAÇÃO PARA O DIA DO CATEQUISTA (26 de agosto de 2012)

Acolhida


Hoje é dia de alegria: celebramos nossa missão de catequistas. Ouvimos a voz do Senhor que nos chamou a anunciar seu Amor, a mostrar o caminho de Luz e Verdade, a encontrar o verdadeiro sentido da vida para todos que se abrem à sua mensagem.
Ser catequista é uma vocação, é uma responsabilidade, é uma abnegação. Vamos refletir um pouco sobre a tarefa que o Senhor nos confiou.

 Canto

O Senhor nos chamou a viver, a viver a alegria do amor.

Foi teu amor que nos fez conhecer toda alegria da vida, Senhor.

Senhor da Vida, teu amor nos faz recomeçar.

Eu sei que a nossa vida é vida perdida pra quem não amar.

O Senhor nos chamou a viver, a viver como irmãos simplesmente.

Foi teu amor que nos fez conhecer que o próprio Deus vive a vida da gente.

Senhor da Vida...

 

Animador(a):

“Vinde a sós, para um lugar deserto e descansai um pouco”, disse Jesus a seus discípulos quando lhe contaram o que tinham feito e ensinado. Hoje, Jesus o diz a nós.

Vamos ler este trecho do Evangelho de Marcos:


Leitor(a) 1: Os apóstolos se reuniram junto de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado. Jesus lhes disse: “Vinde a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!”

Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham nem tempo para comer.

Foram, então, de barco para um lugar deserto, a sós. (Mc 6,30-32)
 

Animador(a): Vamos imaginar que, neste momento, estamos junto do Senhor, para descansar e refletir sobre nossa missão de catequista. O seguinte texto pode nos ajudar a verificar como nós vivemos nossa vocação. As palavras de São Paulo foram dirigidas à comunidade de Corinto (1Cr 9,16-23).

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Leitor(a) 2:

            Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória.

            É, antes, uma necessidade que se me impõe.

            Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!

            Se eu o fizesse por iniciativa minha, teria direito a uma recompensa.

            Mas, se o faço por imposição, trata-se de uma incumbência a mim confiada.

            Então, qual é a minha recompensa?

            Ela está no fato de eu anunciar o Evangelho gratuitamente,

            sem fazer uso do direito que o Evangelho me confere.

            Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos,

            a fim de ganhar o maior número possível.

            Com os judeus, me fiz judeu, para ganhar os judeus.

            Com os súditos da Lei, me fiz súdito da Lei, para ganhar os súditos da Lei.

            Com os fracos me fiz fraco, para ganhar os fracos.

            Para todos eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns.

            Por causa do Evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante.
 

Animador(a): Vamos formar alguns pequenos grupos e partilhar o que entendemos desta leitura e como a vivemos na prática da nossa catequese, quais os pontos positivos, quais as falhas.

Depois da reflexão, podemos pôr em comum o que foi partilhado. (Tempo para reflexão)


Animador(a): O texto de Marcos continua:


Leitor(a) 3: Muitos viram partir Jesus e os discípulos para descansar. Saíram, então, de todos os lados e, a pé, correram à frente e chegaram lá antes deles.

Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. (cf.Mc 6,33-34)
 

Animador(a): Quem são aqueles que correm atrás de nós para ouvir a mensagem? Nossos catequizandos? Seus pais? A comunidade? ( Nossa responsabilidade é grande!)

 Cuidamos também da nossa própria formação como catequistas, a fim de poder anunciar em profundidade o Evangelho?

 Que podemos fazer de concreto? (Breve reflexão)

segunda-feira, 30 de julho de 2012


"A catequese é um dos meios pelos quais Deus continua hoje a se manifestar às pessoas. Ela atualiza a revelação acontecida no passado. O catequista, por sua vez, experimenta a Palavra de Deus em sua boca, na medida em que, servindo-se da Sagrada Escritura e dos ensinamentos da Igreja, vivendo e testemunhando sua fé na comunidade e no mundo, transmite para seus irmãos esta experiência de Deus."
(DNC 27)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ – Nota com indicações pastorais para o Ano da Fé

INTRODUÇÃO

Com a Carta apostólica Porta fidei de 11 de outubro de 2011, o Santo Padre Bento XVI convocou um Ano da Fé. Ele começará no dia 11 de outubro 2012, por ocasião do qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e terminará aos 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Este ano será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é “o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. [1] Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. “Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar” para que o Senhor “conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos”[2].
O início do Ano da Fé coincide com a grata recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo beato João XXIII (11 de outubro de 1962), e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo beato João Paulo II (11 de outubro de 1992).
O Concílio, segundo o Papa João XXIII, quis “transmitir pura e íntegra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgios”, empenhando-se para que “esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo”[3]. A este propósito, continua sendo de importância decisiva o início da Constituição dogmática Lumen gentium: “A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura (cfr. Mc. 16,15)”[4]. A partir da luz de Cristo, que purifica, ilumina e santifica na celebração da sagrada liturgia (cf. Constituição Sacrosanctum Concilium) e com a sua palavra divina (cf. Constituição dogmática Dei Verbum), o Concílio quis aprofundar a natureza íntima da Igreja (cf. Constituição dogmática Lumen gentium) e a sua relação com o mundo contemporâneo (cf. Constituição pastoral Gaudium et spes). Ao redor das suas quatro Constituições, verdadeiras pilastras do Concílio, se agrupam as Declarações e os Decretos, que enfrentam alguns dos maiores desafios do tempo.
Depois do Concílio, a Igreja se empenhou na assimilação (receptio) e na aplicação do seu rico ensinamento, em continuidade com toda a Tradição, sob a guia segura do Magistério. A fim de favorecer a correta assimilação do Concílio, os Sumos Pontífices convocaram amiúde o Sínodo dos Bispos [5], instituído pelo Servo de Deus Paulo VI em 1965, propondo à Igreja orientações claras por meio das diversas Exortações apostólicas pós-sinodais. A próxima Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos, no mês de outubro de 2012, terá como tema: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.
Desde o começo do seu pontificado, o Papa Bento XVI se empenhou de maneira decisiva por uma correta compreensão do Concílio, rechaçando como errônea a assim chamada “hermenêutica da descontinuidade e da ruptura” e promovendo aquele que ele mesmo chamou de “’hermenêutica da reforma’”, da renovação na continuidade do único sujeito-Igreja, que o Senhor nos concedeu; é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo, porém, sempre o mesmo, único sujeito do Povo de Deus a caminho”[6].
O Catecismo da Igreja Católica, pondo-se nesta linha, é, de um lado, “verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II”[7], e de outro pretende favorecer a sua assimilação. O Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985, convocado por ocasião do vigésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II e para efetuar um balanço da sua assimilação, sugeriu que fosse preparado este Catecismo a fim de oferecer ao Povo de Deus um compêndio de toda a doutrina católica e um texto de referência segura para os catecismos locais. O Papa João Paulo II acolheu a proposta como desejo “de responder plenamente a uma necessidade verdadeira da Igreja Universal e das Igrejas particulares”[8]. Redigido em colaboração com todo o Episcopado da Igreja Católica, este Catecismo “exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a ‘sinfonia da fé’”[9].
O Catecismo compreende “coisas novas e velhas (cf. Mt 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas. Para responder a esta dupla exigência, o ‘Catecismo da Igreja Católica’ por um lado retoma a ‘antiga’ ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo; a sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos; e por fim a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com freqüência expresso de um modo ‘novo’, para responder às interrogações da nossa época”[10]. Este Catecismo é “um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé.”[11]. Nele os conteúdos da fé encontram “a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.”[12].
O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado no mundo de hoje, capazes de indicar a “porta da fé” a tantas pessoas que estão em busca. Esta “porta” escancara o olhar do homem para Jesus Cristo, presente no nosso meio “todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20). Ele nos mostra como “a arte de viver” se aprende “numa relação profunda com Ele”[13]. “Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé”[14].
Por ordem do Papa Bento XVI[15], a Congregação para a Doutrina da Fé redigiu a presente Nota, em acordo com os Dicastérios competentes da Santa Sé e com a contribuição do Comitê para a preparação do Ano da Fé[16], com algumas indicações para viver este tempo de graça, sem excluir outras propostas que o Espírito Santo quiser suscitar entre os Pastores e os fiéis nas diversas partes do mundo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Agosto - Mês Vocacional

Em 1983, foi celebrado em todo o Brasil um Ano Vocacional. O objetivo principal foi o de instituir um tempo, o mês de agosto, voltado prioritariamente para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios. A Igreja, cumprindo a ordem de Jesus, deve rezar ao Senhor da Messe para que envie operários para a sua messe. A nova evangelização necessita de muitos e qualificados evangelizadores: cristãos e cristãs leigos comprometidos, consagrados e consagradas totalmente doados ao Reino, ministros ordenados que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade do povo de Deus.
A vocação do catequista. Ser catequista é ter consciência de ser chamado e enviado para educar e formar na fé. Sabemos que há diversidade de dons e de ministérios, mas o Espírito Santo é o mesmo. Existem diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que age em todos e realiza tudo em todos. É assim que nos diz a Bíblia, a Palavra de Deus. Carisma é um dom do alto, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades e serviços em vista da evangelização e da salvação. Todo catequista tem um carisma e recebe este dom, que assume a forma do serviço da catequese na comunidade. É uma graça acolhida e reconhecida pela comunidade eclesial, que comporta estabilidade e responsabilidade. Ser catequista é uma vocação e uma missão.