segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CATEQUESE: DESAFIOS E PERSPECTIVAS


A caminhada da catequese ao longo dos séculos sempre se deu em meio a luzes e sombras, desafios e perspectivas. Hoje não é diferente. Ao contemplarmos nossa    realidade, sentimos a necessidade de algumas mudanças. Em muitas comunidades de
nossa diocese, ainda existe uma catequese que segue o modelo escolar. Há uma sensação de que ela parece ser uma aula. O próprio ambiente onde a catequese acontece muitas vezes faz lembrar uma sala de aula: cadeiras, classes, giz, quadro...
Catequistas são chamados de ‘professores’ e os catequizandos, por sua vez, são os ‘alunos’. A Bíblia nem sempre é usada como fonte para a catequese. O grande fenômeno é o desaparecimento de adolescentes e jovens após a recepção dos sacramentos. Não se criam vínculos com a comunidade. Há pouca formação para
catequistas, salvo algumas iniciativas localizadas. Tudo isto se apresenta como desafio para a catequese. Não queremos ser pessimistas, mas também não queremos ocultar a realidade que se mostra perante nossos olhos.



A catequese situa-se dentro da missão da Igreja. A missão é evangelizar. A Igreja existe para isso. Segue o mandato de Cristo, de ir por todo mundo proclamando a boa notícia. A catequese faz parte deste processo de evangelização. Ela deve ser permanente, comunitária e progressiva no caminho de educação da fé cristã. Cada comunidade deve ter um olhar atento sobre os rumos da catequese. Isto tem a ver com o espaço onde ela acontece: não podemos nos contentar com uma catequese dada em uma sacristia ou em um salão paroquial. O ideal seriam salas pensadas para a
finalidade da catequese. Isto tem a ver também com formação de catequistas. Não é possível conceber um grupo de catequistas que não se reúne com frequência para tratar da catequese. Enfim, são situações que pretendem nos apontar para algumas perspectivas futuras. Na catequese sempre corremos o risco de sacramentalizar sem evangelizar!
 Elenco aqui alguns dos parágrafos que podem iluminar nossos trabalhos:
- haja em todas as paróquias uma Equipe de Evangelização, sob a supervisão do pároco e coordenador (a) da catequese;
- os (as) catequistas tenham vida cristã exemplar e sejam devidamente capacitados. Façam reuniões frequentes para crescer na fé, habilitar-se cada vez mais, trocar experiências, planejar, revisar o trabalho e confraternizar;
- os (as) catequistas participem também de encontros, de área, de retiros, dias de formação, etc;
- a fonte da catequese é a Palavra de Deus, contida na Bíblia e na Tradição;
- a paróquia coloque à disposição também textos e recursos audiovisuais apropriados para o aprimoramento e a eficácia da missão catequética.
Perante isso, ainda temos um grande caminho a fazer. Alegra-nos o entusiasmo de tantos evangelizadores, padres, catequistas, lideranças leigas. Com grande esforço, levando em conta as orientações da Igreja sobre a catequese, pretendemos torná-la cada vez mais renovada, atendendo as exigências do nosso tempo. Não ignoremos esta sentença: o futuro da Igreja passa pelo futuro da catequese.
PARA REFLEXÃO PESSOAL OU EM GRUPO:
1. Qual a realidade da catequese em nossa comunidade? Qual método é usado? Quanto tempo de catequese? Quais as maiores dificuldades? E as maiores alegrias?
2. Como está o espaço onde acontece a catequese em nossa comunidade?
Onde ela acontece? Temos salas de catequese?
3. Os catequistas de nossa comunidade participam de alguma formação permanente.
 Trecho do artigo* Pe. Rafael Luís Groth - Assessor de Catequese

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