terça-feira, 2 de outubro de 2012

VIVER


É reconhecido pela Igreja o “serviço” exercido por milhares de leigos e leigas, adultos, jovens, adolescentes, anciãos que se dedicam à transmissão da fé em nossas comunidades, muitos deles enfrentando todo tipo de adversidade.
Eles exercem seu ministério com boa vontade, dispõem de uma religiosidade herdada na família. Porém, transmitir a fé requer ainda: experiência pautada na Pedagogia de Jesus, conhecimento da realidade onde os catequizandos estão inseridos e, sobretudo, conhecimento de si mesmo. É preciso que os e as catequistas passem pela experiência do querigma, do discipulado e bebam na fonte da liturgia.


O catequista irá percorrer o caminho com o Mestre, se alimentará de sua Palavra e estará inserido na comunidade cristã, pois é em seu nome que fala.
A Igreja quer contar com catequistas capacitados para evangelizar, que conduzam, de fato, o catequizando ao encontro com Jesus ressuscitado. Principalmente por seu testemunho, porque vive do mistério e é capaz de conduzir ao mistério. Este é o catequista mistagogo.
O Mestre Jesus que formou pessoalmente seus discípulos oferece o método: “Venham e vejam” (Jo 1,39). “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). É desta experiência que brota o ser cristão, pois somos capazes de celebrar e viver a riqueza dos sacramentos na vida e captar pela fé os seus sinais. O catequista também é desafiado a se capacitar para acompanhar os adultos em seu itinerário de fé, quer sejam aqueles responsáveis dos catequizandos, como os adultos que desejam completar a própria iniciação cristã no catecumenato pós-batismal.
Neste contexto, é necessário que as Comissões da Iniciação à Vida Cristã, em comunhão com o Bispo, o primeiro responsável pela catequese, ofereçam um plano de formação que possibilite aos catequistas crescerem em seu ministério. É preciso uma formação pautada no SER, SABER e SABER FAZER, como nos indica oDiretório Nacional de Catequese.
Os desafios são grandes. Nossas paróquias, com suas comunidades, precisam se reestruturar para redimensionar a iniciação cristã. Há a necessidade de dispensarem recursos para um itinerário formativo permanente para nossos catequistas.
*ABADIAS APARECIDA PEREIRA – Pedagoga, coordenadora pedagógica escolar, professora de Ensino Religioso e coordenadora de Catequese da Diocese de Bragança Paulista – SP. Coautora do livro: Iniciação à Eucaristia. 6. ed. São Paulo: Paulinas, 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário