quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O CATEQUISTA: Mistagogo


Está se tornando cada vez mais comum entre os catequistas o uso da palavra “mistagogia”. Diz-se, frequentemente, que todo catequista é também um “mistagogo” e que a catequese tem uma dimensão “mistagógica”. Essas palavras estão ligadas à ideia de “mística” e de “mistério”, de uso corrente na espiritualidade cristã. A retomada atual do modelo catecumenal dos primeiros séculos, vão se incorporando ao jeito de falar e de ser dos nossos catequistas, à maneira como compreendem sua vida cristã e seu ministério.
Por mistério nossa Igreja compreende todo o plano da salvação que o Pai realiza, especialmente em Jesus Cristo. É a graça da vida nova agindo em cada cristão, continuamente convidado a mergulhar na páscoa de Jesus e nela encontrar força e esperança para sua caminhada.
Por mística podemos entender o tempero que dá sabor e sustento a tudo aquilo que pensa, sente e faz o cristão. “É a motivação densa e profunda da caminhada cristã”. Falar em mística é falar do sentido da existência. É falar da experiência amorosa de Deus. É ser iniciado no mistério.
A mistagogia aponta para a experiência pessoal de Jesus e de seu projeto, vivida na comunidade cristã e no mundo. Quando a Igreja diz, portanto que o catequista é um mistagogo, ela esta afirmando sua principal missão: conduzir as pessoas para dentro do mistério de Deus leva-las até Jesus, pois quem o vê, vê o próprio Pai.
Enquanto mistagogo, o catequista é chamado a fazer a mesma experiência que fizeram os discípulos: ir até Jesus, permanecer com ele, deixar-se educar pela sua palavra e por suas atitudes, encantar-se com a proposta do reino por ele inaugurado, ver a alegria da participar da sua intimidade e do seu caminho, para depois contagiar outros com seu testemunho.
A consciência de ser mistagogo faz com que o catequista aprofunde sua missão, pois passa a compreender que ela não se reduz à transmissão de conhecimentos e doutrinas a respeito de Jesus, mas vai muito além disso; seu ministério o vincula à pessoa de Jesus de tal maneira, que ele passa a falar do que vive, do que experimenta, dos segredos que Deus revela aos simples e humildes de coração.

Trecho do texto de Pe. Vanildo de Paiva

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